quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Viver a vida além de sonhar

Oi amigos, blz?
Ando tendo pesadelos bizarros em relação às provas de mestrado. No último (ontem), sonhei que eu entrava numa sala pra entrevista, e lá estavam três professores (1 mulher e 2 homens), sentado atrás de um balcão, num nível mais alto que o resto da sala. Eu me sentava na única cadeira em frente à eles e olhava pra cima para poder conversar. Quando os dito cujo abriam a boca saíam palavras em grego, russo, polonês, e eu não entendia nada do que estava sendo dito. Graças a deus acordei antes de começar a chorar sentada na entrevista.
Foi apavorante.
Fiquei pensando nesse sonho e contei pra mãe. E conversando, chegamos a conclusão de que isso não deveria acontecer, afinal, to estudando pacas, pra não passar vergonha na hora H.
Mas também ficamos comentando das pessoas que querem as coisas imediatamente e não percebem o esforço que há por trás de toda conquista.
As pessoas querem sair da faculdade e conseguir um título de Doutor, mas de preferência em um ano, sem ler muito e sem trabalhar. Se formam querendo ter o salário de quem está formado há 30 anos.
O mesmo acontece com a multidão de gente capenga desse mundão.
Num dia a gente tá deitado numa cama mal pra caramba, tomando medicação. No outro queremos ser capazes de correr a maratona de São Silvestre.
Queremos tudo para ontem, e não percebemos que primeiro temos que engatinhar, ficar de pé, caminhar lentamente, apressar o passo para daí começar a correr.
Como cresci vendo meus pais atender capengados na clínica de fisio, sempre tive o exemplo de gente que acha que dum dia pro outro vão ficar bons. De preferência sem esforço algum, claro.
Desculpa gente, mas a vida real não é assim.
Na vida real a gente tem que ir atrás do que quer. Tem que batalhar, trabalhar para conseguir realizar nossos desejos. A nossa fada madrinha não vai aparecer na nossa frente se ficarmos com a bunda colada no sofá se lamentando e vendo a vida passar. Mas acho que se a gente se esforçar, ela pode até vir dar um empurrãozinho nos nossos projetos.
Fico muito triste em ver colegas de EM, assim como eu, que desistiram de viver. Que assumiram o papel de vítima da vida e não querem nem ver as oportunidades que aparecem pra eles, quanto mais agarrá-las. Claro, eu sei que tem gente muito pior que eu. Que a doença foi mais cruel. O que não serve como desculpa. Tenho uma amiga com EM, que não caminha mais, não tem carro, e mesmo assim, vem me visitar na sua cadeira de rodas motorizada.
O que nos impede de fazer o que queremos, na maioria das vezes, não é o nosso corpo, e sim nossas mentes, nossa cabeça dura, nossa insistência em dizer "não posso", "não consigo", "dá trabalho", "é difícil".
Sim, é difícil. Viver é difícil. Mas quem disse que seria fácil?
E porque a gente deve se esforçar tanto e ir atrás dos nossos sonhos, planos e projetos? Porque quando a gente consegue, a sensação é ótima, impagável.
E também porque eu quero viver a vida além de sonhar. Não quero um dia olhar pra trás e ver que a vida passou por mim simplesmente, e eu deixei ela escapar.
Até amanhã!
Bjs

Um comentário:

  1. Vem cá, pergunta besta... Como vc sabia que era grego, russo e polonês? hahaha

    Sim, eu acredito no poder da mente, no sentido de transpor as limitações físicas. Você acreditaria se eu te falasse que existe uma surda que aprendeu francês depois de perder a audição e fala o idioma fluentemente? Essa sou eu!!

    Não tenha medo dos seus sonhos, sonhados acordada ou dormindo. A mente é nossa maior aliada!
    Beijinhos

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