sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Algumas impressões do Planalto Central

Oi gentes, tudo bem?
Consegui dar uma organizada nas minhas anotações da viagem pra ver por onde começar. Resolvi separar os fatos e as falas, pra não ficar muito chato pra quem lê nem cansativo pra quem escreve (no caso, euzinha).
Pra começo de conversa, antes de qualquer coisa, quero agradecer o pessoal da Novartis, por ter me oportunizado essa experiência e pelas pessoas maravilhosas que são: a Renata, que me contatou por email e foi super querida e a Raquel, o Maurício e o Gustavo, que me acompanharam em Brasília e me ouviram tagarelar por dois dias. Usando uma expressão emprestada do pessoal de São Paulo, "meu" adorei conhecer vocês!
Ah, e que adorei conhecer todos que estavam lá, mas em especial a Fabi, que "conhecia" pelo blog dela (http://avidacomesclerosemultipla.blogspot.com.br/) e o Julio Silva, que foi lá com uma das suas princesas nos dar um abraço.
Bueno, mas voltando pro meu sotaque gaúcho... aliás, estando com pessoas de outros lugares é que a gente percebe como temos sotaques diferentes meeesmo. Estranho não ouvir um "bah" que não seja falado por ti mesmo, e coisa mais boa ouvir sotaques diferentes (o sotaque mineirim da Cibele é encantador).
Antes de contar um pouquinho das minhas primeiras impressões de Brasília, a minha mania de organizar as coisas me força a explicar como vou conseguir falar de tudo (ou quase tudo) que aconteceu por lá. Decidi que, nos próximos dias, vou escrever, primeiro, um post pra contar a conversa que tivemos entre blogueiras, associações de EM e o Maurício Grilli da Novartis sobre mídias sociais e saúde. Depois, falando sobre o Encontro mesmo, um texto do que o Dr. Dagoberto Callegaro falou sobre a prevalência da EM no Brasil e sobre as pesquisas que estão sendo feitas no Brasil (tem umas coisas bem, "interessantes", digamos assim) pelo dr. Marco Aurélio Lana. Depois, um texto com um pouco do que a dra. Maria Fernanda Mendes disse sobre o diagnóstico de EM e a enfermeira Patrícia Saldanha falou sobre tratamento multidisciplinar. A fala da dra. Clarice Alegre Petramale merece um texto só pra ela, porque, além de falar sobre o atendimento do SUS (o que dá pra fazer um blog inteiro), ela se perdeu um pouco nas palavras (e eu agarrei um certo nojo... vocês vão entender!). Outro que merece um post, é a fala do Dr. Jefferson Becker sobre os tratamentos para EM (achei ótimo!). Ah, e mais um sobre a indústria farmacêutica.
Sim, estou prometendo uma porrada de coisas pra vocês, mas, ao contrário da maioria dos políticos de Brasília, eu cumpro com as minhas promessas. Só não prometo que vai ser tudo essa semana, porque, sabe né, além do trabalho, do início das aulas e da mudança, eu tenho EM, uma doença neurológica crônica e imprevisível...hehehe.
Mas, por enquanto, quero contar o que achei de Brasília.
A gente vê na tv e ouve falar que lá é um clima seco e talz, mas não tem ideia do que é a "secura" do lugar. Pra quem tá acostumado com umidade do ar de mais de 80%, é impactante chegar lá, com seus 30% ou menos de umidade. A boca e o nariz sentem de cara (a pele e o cabelo demora mais um tantinho).
Segundo o taxista-guia turístico que me levou do aeroporto ao hotel, eu fui numa época em que Brasília está muito feia, porque não tem uma graminha verde. Realmente, é uma imensidão de terra vermelha. A terra é dum tom tão bonito que se faltasse maquiagem era só fazer de conta que aquilo era blush.
Achei engraçado quando ele disse, cheio de orgulho, que era da primeira geração a nascer em Brasília. Não engraçado de rir, mas de curioso. Porque olhando tudo aquilo, aquele monte de prédios enormes com seus vidros espelhados, as construções magníficas planejadas por Lúcio Costa e Niemeyer e pensar que ali não tinha absolutamente nada, é incrível.
Eu fiquei num hotel na quadra bem em frente à Torre da TV, ponto turístico por conta do mirante que dá pra enxergar todos os edifícios famosos da cidade. A torre estava fechada à visitação, mas do hotel onde foi o evento de terça, tive uma vista mais bonita ainda. Brasília iluminada à noite, vista do décimo quinto andar é uma vista deslumbrante. Lembrei de Faroeste Caboclo... aquela parte do "ele ficou bestificado com a cidade, saindo da rodoviária viu as luzes de natal... meu deus, mas que cidade linda".
Não que eu tenha achado Brasília linda, mas é de ficar bestificado mesmo.
Os prédios de Brasília parecem te lembrar a todo momento que ali está o poder. Muito bem pensado!
O Congresso Nacional é uma construção inexplicável. Parece que do nada saíram aquelas torres imponentes com aquelas cúpulas. E lá dentro, tudo é mega... mega obras de arte, mega carpetes, mega pé direito...
Claro que, depois de passar a bestificação ao ver o salão do congresso,  a primeira coisa que pensei ao ver aquele carpetão foi: nossa, imagina que divertido rolar nesse piso! Pronto, tá explicado porque que eu não trabalho lá né, mais cedo ou mais tarde eu ia ser presa... heheheheheh.
Também tive a oportunidade de riscar o carro do Sarney... e o Palácio do Itamaraty é tão pertinho da rua e sem guardinhas na frente que, se eu conseguisse correr, era só dar uma pequena corridinha e dar uma voadora pra quebrar os vidros... não fiz nenhum dos dois, eu preferi manter o decoro.
A passagem por lá foi muito rápida, mas deu pra conhecer a Catedral Metropolitana de Brasília, que é linda demais. Não consigo imaginar como é que o Niemeyer pensou naquele desenho e menos ainda como que conseguiram construir aquilo. É de encher os olhos. E o pedido na entrada é justo! Tá difícil achar fineza nesse mundo... aqui, até no inverno de 2 graus tão usando shorts... :P

Mas na Brasília dos poderes nem todas as construções são do tipo "uau". A Secretaria de Políticas para Mulheres, além de suuuuper simplinha, tá um tanto esquecida... Dilma, tá perdendo tempo hein?!
A casinha da Dilma é bunitinha, mas fiquei deprimida ao ver aquele Dragão da Independência parado lá na frente pras pessoas tirarem foto. O menino não tá lá pra fazer a segurança, é como atração turística mesmo... o tadinho nem respira pra não se mexer. Constrangedor...
Resumindo: aprendi muito, conheci gente legal demais e ainda dei umas voltas pelo centro do poder nacional. Super valeu!
Chegar em casa e ter que aplicar o avonex faz parte.
Ah, e continuo achando que avião opera por pó mágico. Eu sei, já me explicaram como funciona, a física e tudo mais... mas é muito fantástico um negócio daquele tamanho e com aquele peso voar. Fora que, se não fosse o avião, não tinha como fazer isso em tão pouco tempo. Tudo isso graças a quem? Um esclerosado: Valeu Santos Dumont! Reza a lenda que ele tinha esclerose múltipla.

Até mais!
Bjs


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Conscientização já!

Oi gente, blz?
Nossa, estou um caco! O Encontro em Brasília foi muito bom (muito bom mesmo), mas a viagem mais o avonex na chegada em casa foi uma receita bomba. Fiquei meio inútil hoje, deitadinha no sofá, pensando em quantos posts vou conseguir escrever tudo que me passou pela cabeça nesses últimos dois dias. Prometo que serão alguns. A cabeça ferveu de tantas ideias e só encontrei gente fina (os deputados pelos quais passei não contam). Só lamento não ter conseguido conversar o tanto que queria com cada um que estava lá. Mas a gente cria oportunidades no futuro ;)
Como a mão treme e as pernas estão pulando (meus músculos tão achando que é rave), hoje só organizei os pensamentos (e, claro, vi os jogos paralímpicos e chorei vendo o Daniel Dias com a medalha de ouro).
Entretanto, todavia, contudo, não podia passar O Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla sem escrever nadica de nada. Até porque, o primeiro objetivo desse blog é conscientizar as pessoas sobre o que é a EM, como conviver com ela e mostrar que ninguém está livre de conviver com ela um dia, mas que a vida não acaba quando a EM "chega".
Como eu tento aqui mostrar que viver com EM não é um mar de rosas mas também não é, de longe, a pior coisa do mundo, acredito que a conscientização é o caminho para que as pessoas que não tem EM entendam a gente, que tem. Porque quem tem sabe o quanto é difícil explicar o que sentimos diariamente.
Eu percebo que hoje está muito melhor e mais fácil falar sobre EM do que há 10 anos. Espero e acredito que, com o nosso esforço e dedicação, estejamos numa situação melhor ainda daqui a 10 anos.
Não custa sonhar!
Pra quem ainda não viu e encheu os olhos d'água com esse vídeo, agora é a hora:


Até mais!
Bjs

P.S.:

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Viajando na maionese...

Ontem o avião decolou com tempo nublado. Acho divertidíssimo voar, e agora não é mais emoção de iniciante como era naquela de Buenos Aires que dividi aqui com vocês. Viro criança pequena andando num brinquedo do parque de diversões. Dane-se os engravatados indiferente aquilo tudo e ao meu sorriso infantil!
Ao passar as nuvens e ver o sol, lembrei do Vini dizendo que "andar de avião é que nem andar de caminhonete no pólo norte". Concordo, apesar de nunca ter feito isso...hehehe.
Mas as nuvens são tão parecidas com algodão... tão fofinhas... e certamente são doce. Me veio uma música que há tempos não cantarolava e que, vejo que tem a ver não só com o material que faz as nuvens, mas com a situação toda, nesse local:

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Clipe: http://m.youtube.com/watch?v=FzGqe5VTQ44


Passadinha rápida

Genteeeees, tá muito legal aqui em Brasília. Conheci um bocado de gente de finérrima. Logo conto tudo por aqui (sabe né, escrever no tablet é um negócio estranho...mas escrevi páginas e mais páginas no papel, pra não esquecer ;)
Mas, pra ninguém esquecer que sábado tem nosso Simpósio em Porto Alegre, segue o cartaz pra todo mundo espalhar, imprimir e colar na porta da geladeira!

Bjs
PS: to a-ca-ba-da! Mas ta valendo a pena cada músculo tremeliquento. Um zilhão de ideias fervendo na cabeça. Pessoal da Agapem (principalmente Giane, Tiago e Vagner), se preparem pro trabalho! Hehehe


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Encontro em Brasília

E aí você acorda num dia daqueles em que parece que colocaram pesos nos braços e nas pernas, e lembra que tem que tomar o interferon naquele dia, e lembra que tem uma porrada de coisas a fazer, e pensa: putz, podia ter uma notícia boa, fenomenal, estupenda hoje né? E não é que tinha!!!!
Ontem recebi o convite da Novartis para participar do 7 Encontro BCTRIMS de Portadores e Cuidadores em comemoração ao Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, que acontecerá no dia 29 de agosto, em Brasília. Um convite desses, além de uma honra, é uma ótima notícia!
Não, os pesos dos braços e pernas não saíram... mas eu preferi passar o dia todo pensando que estava fazendo exercício de ginástica do que com dor... hehehehe.
Bom, então fica o convite para o Encontro e o registro da minha alegria por ir lá.
Brasília, me aguarde, no dia 28 já estarei aí ;)



Até mais!
P.S.1: amigos de Brasília, que tipo de roupa devo levar? Porque em pleno agosto estamos com vestidos de alcinha em Porto Alegre... tá difícil esse clima hein.
P.S.2: não gente, não posso dar na cara de nenhum parlamentar... devo manter o decoro. Hahahahha

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Convocação

Domingo é dia de torcer pelo meu Grêmio, mas antes, vamos unir as torcidas na Passeata da Superação. Tá todo mundo convocado hein!
O que? Passeata do Movimento Superação em Porto Alegre
Onde? Parque da Redenção
Quando? Domingo, dia 26 de agosto
Concentração a partir das 12h30min no Espelho D'água. Saída da caminhada as 14h.
Mais informações: www.movimentosuperacao.org.br

Até lá!
Bjs

domingo, 19 de agosto de 2012

Agora é hora de...

Olá gente, tudo bem?
Comigo tudo bem. A enxaqueca passou. Mas, pra variar, me atrasou uns dias de trabalho.
Aliás, há alguns dias, quando me dei por conta que estamos no mês de agosto, me apavorei. Parece papo de velho gagá, mas como esse ano passou rápido. E como eu fiz coisas e ao mesmo tempo parece que só pisquei o olho de janeiro pra cá.
Bom, fiz um semi-balanço pra entender como que eu não vi o tempo passar tão depressa. E porque eu tenho na minha lista mental de coisas a fazer tantas coisas.
Janeiro foi o mês de terminar a dissertação. Então, foi o mês ensolarado em que menos tomei sol na cuca, afinal, fazer nascer um filho desses é algo muito satisfatório, mas trabalhoso.
Em fevereiro tive um mês maravilhoso na praia.
Março foi o mês da defesa da dissertação e da ressaca desse processo.
Abril e maio foram meses de provas de doutorado, ou seja, estudar, estudar, estudar, estudar...
Final de maio teve o surto, e com ele a pulso. Junho foi pra me recuperar do surto, e com a notícia de que entrei no doutorado, de me organizar para não ter o período de férias que eu imaginei que teria. Julho foi a vez da gripe A, venda e compra de apartamento e daí PUM: estamos em agosto!
Credo, cada mês teve pelo menos uma coisa muito importante e trabalhosa pra fazer. Fora isso, acho que consegui fazer muitas outras coisas divertidérrimas, ver filmes que adorei, conversar com amigos importantes (e faltar a outros tantos), rir pra caramba, etc...
Aí, fazendo esse balanço, vi que na verdade não foi o tempo que passou depressa, fui eu que o ocupei com bastante coisa, ou, no caso das doenças, coisas me ocuparam muito tempo.
Conversando com uma amiga sobre isso, ela disse: nossa, mas tu fez muita coisa, apesar de tudo (esse tudo seria EM, gripe, enxaquecas, etc).
Acho que tem dois tipos de pessoas: os que esperam as coisas ruins passarem pra fazer alguma coisa que elas gostem, queiram ou lhes faça bem. E o outro que, ao invés de ficar esperando as adversidades passarem, continua vivendo e se realizando, "apesar de".
Não que eu tenha sido 100% feliz, 100% do tempo. Mas posso dizer que tudo que aconteceu e tudo que está planejado pra acontecer ainda esse ano (assim que meus planos mirabolantes se confirmarem, conto pra vocês...), me fazem uma pessoa feliz. Tirar um tempo pra caminhar sem destino, viajar, tomar um café com os amigos e criar outros blogs podem até me dar um trabalho, mas mais que isso, me dão vida!
Então, de tudo isso, só posso concluir que o negócio é tentar ser feliz mesmo na adversidade, porque se você esperar tudo ficar tranquilo para fazer o que te faz feliz, talvez nunca consiga. Acho que com ou sem EM isso deve funcionar, afinal, a vida de ninguém é um mar de rosas e cada um de nós carrega um tanto de muitas coisas boas e ruins dentro de si. E essa coisa de esperar se aposentar pra fazer alguma coisa por si, não rola comigo não.
E aí você também pode perguntar: mas Bruna, e quando é que tu vai parar um pouco? Se tudo der certo ( e se der errado também) nunca meus amigos. A vida é boa demais pra eu ficar parada esperando ela passar. Por mais clichê que possa ser essa frase, a hora de fazer alguma coisa é agora!
Boa semana!
Até mais!
Bjs

P.S.: rezem para a Nossa Senhora Destrancadora de Artigos Acadêmicos me ajudar nessa semana, porque o nível tá hard!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A enxaqueca nossa de cada mês

Oi gentes, tudo bem?
Eu estou um pouco assustada, confesso. Tive uma forte crise de enxaqueca que me tirou de cena nos últimos dias. A enxaqueca em si não me assusta, porque faz parte da minha vida desde sempre. Mas como os meus últimos três surtos foram precedidos por enxaquecas que duraram uma semana. Sei que não posso ser neurótica, mas me assusto mesmo assim. Preciso falar sobre isso na próxima consulta: as enxaquecas precisam diminuir. Mesmo fazendo tratamento, 3 dias num mês é demais pra minha cabeça... literalmente.
E o pior de tudo, é que eu fico completamente zonza depois que ela passa, não sei se é da dor, dos remédios ou das duas coisas junto.
Muitos remédios depois, a enxaqueca me deixou. Mas aí, vem o Avonex... que maravilha! Hehehehe. Dor de cabeça é a sina dessa semana. Mas chega de reclamar... vamos lá porque o mundo não para pra gente sentir dor.
Hoje a Thaís, enfermeira do Avonex aqui no RS veio aqui em casa pra me mostrar como me aplicar o Avonex com a nova caneta, porque, adivinhem: no próximo mês já teremos as canetas disponíveis para os gaúchos! A-do-rei! Além da facilidade, a agulha é metade do tamanho dessa que temos hoje. METADE! Eu achei isso O máximo! Assim que eu me aplicar com a caneta, conto aqui como foi... ansiosa pela chegada da caneta.
Além de contar a novidade do tamanho da injeção, mais duas coisas legais:
1. Quem estiver em Porto Alegre no dia 01 de setembro, já tem programação para a manhã: II Simpósio da Associação Gaúcha dos Portadores de Esclerose Múltipla. Vai ser beeem legal! Mais detalhes eu dou nos próximos dias, mas marquem na agenda que sábado, 01 de setembro, das 10h às 13h vocês já têm compromisso aqui em Porto Alegre.
2. Tá no site da AGAPEM o link de uma pesquisa muito legal sobre jovens com esclerose múltipla que a Federação Internacional de Esclerose Múltipla está fazendo. Essas pesquisas são feitas com o intuito de melhorar a nossa qualidade de vida, então, tire 2 minutos (isso mesmo, só dois minutos) pra responder algumas perguntinhas: http://www.agapem.org.br/portal/component/content/article/104-msif.html .Valeu pela dica Tiago :)

Agora, dá licença, que eu vou curtir meus efeitos colaterais semanais...
Até mais!
Bjs

P.S.: recebi todos os beijos e abraços enviados via Taís ;)
P.S.: continuo me surpreendendo e me emocionando toda semana com emails de cada um de vocês que leem o blog e compartilham suas histórias comigo. Obrigada!


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Parabéns Lucia!

Oi queridos, tudo bem?
Hoje é um dia muito especial, minha grande amiga Lucia faz 30 anos. Mesmo correndo o risco de apanhar por tornar isso público aqui, resolvi falar assim mesmo, porque crise dos 30 é uma realidade, mas Lucia, vai passar.
Não sei como é se tornar balzaquiana, mas acho que hoje tu estás pensando (como todo mundo pensa no dia do seu aniversário): o que que eu tô fazendo da minha vida? Tenho 30 anos e o que eu fiz até agora? E tudo que eu tinha projetado pra ter hoje e não tenho... enlouquecedor mesmo!
Bom, então, eu vou refrescar tua memória dona Lucia Coutinho, pra que não esqueças jamais, que não importa o que tu estiver fazendo, onde estiver trabalhando, quanto estiver ganhando, tu estarás sempre fazendo a diferença na vida de quem te ama. E pra gente não importam os títulos, os trabalhos, os imóveis, os relacionamentos. Pra gente o que importa é ter a tua companhia. Então, o que tu fizeste até agora? Tenho certeza que amizades verdadeiras pra toda vida. E aquelas coisas que a gente planeja quando tem 15 anos para quando tiver 30, nem sempre acontecem, porque o inesperado nos pega de surpresa e pode ser tão bom, e ainda melhor do que aquilo que imaginávamos. Aliás, olha só tudo que tu já fez com apenas 30 aninhos. Como vamos viver até os 100 (mais ou menos), nem chegou na metade ainda.
Quando eu vim pra Porto Alegre fazer mestrado, não imaginava que mudaria todo meu projeto (de trabalho e de vida) depois de ver a apresentação da dissertação de alguém que eu nem conhecia. Muito menos que essa pessoa se tornaria minha BFF (pra quem não sabe: best friends forever), alguém que eu sei que posso contar sempre. Alguém com quem eu posso falar de trabalho, novela e Glee. Alguém que não julga minhas atitudes, ou, se julga, não condena. Alguém que, quando eu estiver passando pela crise dos 30, vai estar junto comigo dizendo que os 30 é a melhor fase.
Lucia, são poucas as coisas que me deixam sem palavras, e falar da nossa amizade é uma delas. Então, vou roubar a música do Tópaz que acho que tem tudo a ver pra te dizer que não importa o que aconteça, ou onde estivermos, estaremos juntas, com 30, 40, 50... quantos anos vierem.
Feliz aniversário!!!!


"Eu nunca fui bom nisso, não levo jeito pra dizer, que vai dar tudo certo e nenhum desastre vai acontecer
Eu tenho os meus problemas e a certeza que você tem os seus. Quem sabe a gente aceita todos eles, juntos, só dessa vez?
Se for pra tudo dar errado, quero que seja com você!
O que podia ser, sempre vai ser melhor que é, as possibilidades vão perseguir o que a gente escolher.
Vamos perder a calma pra encontrar 3 dias depois, no meio da saudade de nunca ser menos que nós dois
Se for pra tudo dar errado, quero que seja com você!"
P.S.1: temos que tocar o Nossa Querida Vida Social
P.S.2: de noite tomamos nossos bonx drink ;-)

domingo, 5 de agosto de 2012

Em qualquer lugar!


Oi queridos, tudo bem?
Eu ainda estou sonhando (literalmente) com o espetáculo que vi na sexta-feira do Cirque du Soleil. Varekai é a coisa mais bonita que meus olhinhos já viram. Se vocês tiverem a oportunidade de ver, não percam! Vale cada centavo que se paga.
Bom, mas vou contar pra vocês a novela que foi conseguir ir na área PNE do show.
Na verdade, quando fui no ponto de venda comprar, me informaram que não tinha área PNE, só área para cadeirantes. Isso foi há uns dois meses. Eu não quis discutir com os vendedores porque sinceramente, eles não tinham cara de saber dar nem meia informação a mais.
Cheguei em casa e escrevi um email pro Cirque, explicando pra eles que no Brasil existe uma lei (5296) que exige local destinado à pessoas com deficiência e dificuldade motora, ando com essa lei impressa e sublinhada na bolsa quando vou aos shows. Bom, escrevi o email explicando isso e dizendo que eu gostaria muito de ir ao show com a minha irmã (que também tem direito a utilizar esse local), mas que eu tenho esclerose múltipla e estava saindo de um surto, com dificuldade pra caminhar e, principalmente, subir e descer escadas. Também escrevi que estava decepcionada por não ter conseguido comprar o ingresso. E fiquei mesmo, de verdade!
Bom, dois dias depois, recebi uma ligação da Tickets for fun, querendo me vender os ingressos. A orientação que eles receberam do Cirque era para darem um jeito de eu poder comprar os ingressos na área PNE e, obviamente, de podermos entrar nessa área no dia do espetáculo.
E ai você pode dizer: ah, mas você quer privilégios, de poder ver o espetáculo na primeira fila. Não vou negar que é o melhor lugar ever, mas é realmente porque se não for assim, de outra forma não dá. E entre não sair de casa e ir, reclamando meus direitos, prefiro reclamar meus direitos e me divertir sempre.
Chegando lá, um choque: para entrar na área PNE, eu e a mana teríamos que entrar em cadeiras de rodas, que eles já tinham providenciado para nós porque estavam nos esperando. Foi um choque porque, eu podia entrar caminhando. Mas o organizador me convenceu ao me explicar toda a confusão que daria com a segurança do espetáculo se nós entrássemos por aquela área de outra forma, porque eram as cochias dos artistas e tudo mais. Eu ainda falei que era obrigação do Cirque colocar uma área PNE pra gente. Aí ele me disse que esse espetáculo e a estrutura toda tem 10 anos, mas que nas novas estruturas isso já está planejado. É uma desculpinha, afinal, podiam ter se adaptado no início da turnê.
Nesse momento eu podia complicar ou sentar na cadeira, deixar minha amiga Paula me empurrar e entrar feliz da vida. Escolhi sentar, até porque, já perdi meu "trauma" de cadeira de rodas. A Renata é que não gostou muito não, mas se convenceu que tava bom sentar ali depois que entramos no circo.
Não, não foi o ideal, mas fico feliz por ter sido possível. Só foi possível porque eu fui atrás. E também pela organização do espetáculo, que é um primor. Aliás, se eu ganhasse um real pra cada vez que alguém foi perguntar se eu precisava de alguma coisa, tinha ganhado a pipoca...hehehe. Achei tudo muito bem organizado. E apesar de não ser o ideal, foi perfeito (paradoxal né).
Bom, e agora, sobre o show. Primeiro, gostaria de deixar registrado que sempre gostei de circo. Nunca perdi um circo que foi na minha cidade. Aquele clima, aquelas cores, a lona, o ritmo... adoro!
De verdade, não consigo achar palavras que descrevam a beleza do que eu vi. A perfeição dos movimentos. A alegria dos artistas. A superação de tudo que o corpo humano consegue fazer. É incrível! Inimaginável o que esses artistas fazem no palco!
Quem quiser dar mais uma olhada sobre o espetáculo, é só dar uma passada no site da trupe: http://www.cirquedusoleil.com/pt/shows/varekai/show/about.aspx
Mas, resumindo, Varekai, que na língua dos ciganos quer dizer "em qualquer lugar", conta a história de um homem que cai em uma "misteriosa floresta no interior de um vulcão, existe um mundo extraordinário. Um lugar onde tudo é possível". Esse jovem seria Ícaro, aquele da mitologia, que voou até os céus mas ao passar dos limites, derreteu as asas com o calor do sol. Ícaro já estaria fazendo o impossível, voar. E ao cair nessa terra fantástica, com seres de mil metamorfoses, o personagem, ferido, passa por um caminho de descobertas e desafios, vencendo tudo pelo, adivinhem quem (ou o que), o amor. Em qualquer lugar, com esforço e amor, consegue-se vencer. Enredo lindo, lindo, lindo.
Não sei dizer o que era mais bonito ou mais extraordinário. Mas posso dizer que, ao começar o show, o personagem que mais me chamou a atenção, que me saltou aos olhos, foi um personagem muletante. Porque será, né? Hehehe. De todos que estavam lá, era o mais próximo da minha realidade... isso até ele fazer o solo dele, com um número maravilhoso com aquelas muletas. Eu mal conseguiria me pendurar nas muletas...ehheheeh. O Anjo Manco foi, originalmente interpretado por um artista com paralisia nas pernas, de verdade. Hoje o personagem que incita Ícaro a se levantar, o que pode ser interpretado física e metaforicamente é o artista brasileiro Raphael Botelho. Curti muito!
Ah, e chorei de rir com os números dos palhaços.
Fica meu muito obrigado aos artistas por despertarem tantas emoções. Eu falo pra caramba, mas dessa vez, fiquei sem palavras pra descrever o que é Varekai. Por mais piegas que possa parecer Varekai é um lugar dentro de nós, que me foi despertado com o espetáculo e que agora deixa lembranças, sentimentos e saudades.
Valeu a pena todo o esforço pra conseguir ir ver. Valeu cada centavo. Iria de novo, e de novo, e de novo...
Até mais!
Bjs

P.S.: sim, a pipoca custa 23 pila e sim, eu comprei, ou tu acha que eu ia ir até lá, ver tudo e não trazer o pote de pipoca pra casa? Faltou comprar a camiseta, que daí sim, eu não tinha grana...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Entrevista na Rede Saci

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Hoje o post não é meu... quer dizer, é um pouco meu. Dei uma entrevista pra queridona da Adriana Lage e foi publicada hoje. Então, convido vocês a conhecerem a Rede Saci, o texto lindo da Adriana, com colaboração do Matheus (exagerado!).
http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=35041
Me emocionei com as palavras de vocês! Ah, e com os presentes também. Quem quiser fazer um curso de como emocionar as pessoas, podem contratar essa dupla aí que eles são profissionais ;-)
Até mais!
Bjs

P.S.: a rosa veio no presente da Adri, linda né?