domingo, 28 de dezembro de 2014

2014, o ano da gratidão!


Oi queridos, tudo bem com vocês?
Ano acabando e eu só penso em quanto eu tenho que agradecer tudo que aconteceu no ano que passou. Sim, eu sei que a vida continua a mesma, nós continuamos sendo os mesmos no dia 01 de janeiro e que de fato, não muda muita coisa. Mas, fazer o que se nós nos organizamos dessa forma e, a cada 365 dias nos sentimos renovando um ciclo. Nos pegamos pensando no que fizemos, no que deixamos de fazer, nas coisas inesperadas. Um verdadeiro exame de consciência anual.
Esse ano foi um ano de grandes transformações na minha vida. Em todos os sentidos.
Comecei o ano solteira (com um namorado lindo, mas solteria), viajando todo mês pra ver meu namorado, e terminei o ano casada, com casa comprada, montada e decorada. Comecei o ano fazendo parte de uma família que cresceu com a entrada definitiva do Jota e da Lêda e com o retorno do meu pai para o meu quadro de pessoas da família.
Só isso já é uma mudança e tanto né? Bom, a gente ainda não casou de papel passado porque a grana não deixa. Mas esperamos poder fazer isso em 2015 (quem mais quer casar em 2015 aí gente?).
Já o retorno do meu pai tem muito a ver com meu crescimento pessoal e com perdão. Quem lê o blog há mais tempo lembra o quanto foi difícil algumas decepções que eu tive com ele. Eu passei pelo menos 4 anos carregando uma grande tristeza: a tristeza de não sentir carinho pelo meu pai. Porque eu não sentia raiva, nem mágoa, eu só não sentia nada. E isso pra mim era muito triste. Mas acho que cada coisa acontece no tempo certo que tem que acontecer. E agora, com mais maturidade, entendendo melhor que eu e ele somos pessoas muito diferentes mas que podemos gostar um do outro, voltei a me sentir feliz dentro do abraço dele. Acho que o fato de casar e começar a pensar em aumentar a família também me ajudou nisso. Não posso tirar dos meus filhos o direito de ter um avô (calma gente, não é nada pra 2015, nem 2016...). E assim, eu termino 2014 mais leve.
Também comecei o ano com algumas páginas escritas da minha tese de doutorado, e terminei o ano com mais de 100 páginas, um projeto de tese aprovado, muitas ideias para dar continuidade no trabalho e dois livros com capítulos meus publicados. Não é pouca coisa não. E o Jota, que começou o ano com uma dissertação pra terminar e acabou não só com o título de mestre, mas como doutorando em História também. Eu sei que essa conquista é dele, não minha, mas sinto um orgulho e admiração imensa dele por isso. Assim como muito me orgulha e emociona dizer que a minha irmã, a Renata, voltou a se apresentar com a nova escola de ballet dela. É uma conquista dela, mas eu sinto como minha.
Além disso, comecei o ano com muitos projetos que foram finalizados até o final do ano e que me enchem de orgulho e alegria. Um deles era o Encontro de Blogueiros de EM, que foi um sucesso só e que eu me senti muito feliz, honrada e grata por ter feito parte. Foi uma alegria imensa poder conhecer o tamanho do abraço de cada um dos blogueiros com quem eu me correspondia já há muito tempo. Outro projeto lindo é o Guia do Viajante Esclerosado, que será lançado em 2015 mas que já está pronto e um luxo! Chorei essa semana vendo a primeira prova antes da revisão final.
Nesse ano eu comemorei um ano sem surtos em março e acabei tendo dois surtos da dita cuja, os dois no segundo semestre, depois de eu ter percebido que tinha passado dos limites. E, como nos outros anos, eu termino esse ano dizendo a mesma balela: ano que vem vou pegar menos coisas pra fazer pra não entrar em estafa. Nem faço disso uma resolução de fim de ano porque sei que no meio do caminho muitas coisas acontecem e que, se eu tivesse seguido isso em 2014, não tinha nem comprado casa, nem casado, nem feito o evento do Dia Nacional da EM, nem ido no Encontro de Blogueiros, nem participado de congressos, nem dado aulas, nem muita coisa...
Eu passo dos limites. Mas é consciente. Eu assumo o risco!
Ah, e falando em assumir riscos, esse ano teve tatuagem nova. Nada mais justo que num ano de grandes mudanças ter uma grande marca no corpo. E eu sou cada dia mais apaixonada pela minha tatuagem.
Algumas coisas continuaram iguais em 2014: Bruna brigando por direito do paciente, por tratamento digno, por mudanças sociais e culturais, Bruna militando, Bruna sendo a chata que vocês já estão acostumados a ver. E acho que isso seguirá sendo assim em 2015, 2016, 2017...
No ramo das descobertas pra EM, nada de muito novo no front. Algumas medicações novas pra EM surto-remissão, remédios novos para sintomas, como o Fampyra, mas nada de revolucionário. Quem sabe em 2015...
Repassando os textos do blog em 2014, acho que gostei de todos. Fiquei satisfeita com o que fizemos juntos aqui. E fiquei muito feliz com os encontros que tive com leitores do blog também. São amizades reais que guardo com carinho.
Em 2014 eu comecei a aprender a ser cuidadora também. O que tem sido uma aventura nova. Porque uma coisa é eu lidar com a minha esclerose. Outra é eu lidar com a esclerose do Jota. Mas isso é assunto prum post em 2015. Quero conversar mais com vocês sobre isso de estar do outro lado.
Esse também foi o ano em que eu passei a ter mais tempo de vida com a EM do que sem ela. Não que isso signifique alguma coisa... E também foi o ano que eu descobri a síndrome do intestino irritável e tive que começar a pagar mais caro pra tomar leite, porque leite sem lactose é mais caro sempre. E comecei a ser a chata que pergunta no restaurante se vai creme de leite na receita... hehehe.
Resumindo, 2014 foi um ano maravilhoso pra mim.
Eu sei que 2014 foi o ano do diagnóstico de muitos de vocês que leem o blog. Para outros foi o ano do pior surto. Para outros foi o ano de começar a andar na cadeira de rodas e para outros ainda, o ano de deixar a bengala em casa. Para uns foi o ano de casar, para outros o de se separar. Para uns o ano de nascimentos e para outros de luto. Para uns um ano de conquistas e para outros um ano de problemas.
Eu espero que 2015 seja o ano dos sorrisos largos para todos nós. Para aqueles em que o ano foi mais triste ou pesado, que esse fim de ano marque o final do ciclo das coisas ruins e o início de um período de esperança. Para aqueles que 2014 foi generoso, que essa virada de ano simbolize a entrada num ano ainda melhor, de colheita de frutos.
A verdade é que no ano que vem vão acontecer coisas semelhantes as de 2014, coisas boas e ruins, coisas inesperadas e maravilhosas, fatos para lembrar e para esquecer. Só desejo que tudo isso seja vivido com muito amor, ao lado de quem importa.
Vou passar a virada de ano na minha casa. Nessa casa que compramos em 2014, reformamos e agora chamamos de lar. Vou ter o privilégio de passar ao lado daqueles que fizeram o sonho desse lar uma realidade: minha mãe, minha sogra, meus avós e meus tios. Todos eles acreditaram num sonho que era meu e do Jota. Um sonho ousado, grandioso e maior do que os nossos braços alcançavam. E como ele era maior, essas pessoas nos ajudaram com seus braços a abraçar o sonho, que se tornou plano, que se tornou uma feliz realidade. Sou muito grata por poder, nesse final de ano, brindar a vida e o amor ao lado de quem confiou na gente e apostou para que tudo desse certo. Obrigada meus queridos!
E obrigada a todos os amigos que leem o blog e fizeram parte dessa conquista também. Em abril tínhamos só o sonho da casa. Hoje temos uma casa linda com jardim para cuidar.


Pra finalizar os agradecimentos, um clipezinho com a minha música preferida de final de ano (grande coisa que é a musiquinha da RBS TV), com algumas das pessoas que encheram meu 2014 de alegrias! (descobri que preciso tirar mais fotos...falta muita gente importante aí...também porque meu hd externo faleceu ontem enquanto eu fazia o vídeo e fiquei só com as fotos do celular :P). Eu sei que é brega...mas o amor é brega minha gente!



Que em 2015 possamos compartilhar alegrias e sucessos!!!
Olhe para trás, se despeça das dores passadas, dos momentos não vividos, dos sonhos frustrados.
Sorria e siga em frente.
A vida continua e tem sonhos novos te esperando, logo ali." Caio Fernando Abreu


Feliz 2015!!!!
Até o ano que vem!!!
Bjs

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um propósito nesse Natal


Oi queridos, tudo bem com vocês? O peru já tá cheirando no forno? Os presentes já estão comprados? 
O Natal esse ano vai ser na casa da minha mãe. É, é estranho falar na casa da minha mãe e ela não ser mais minha casa. Tá, eu sei, minha mãe vai dizer que continua sendo...e eu também considero. Mas pra explicar geograficamente, a minha casa não é mais a da minha mãe. E isso é estranho. Uma das grandes mudanças de 2014. 
Mas não é (ainda) a retrospectiva do ano que está acabando que eu quero fazer.
Hoje eu só quero escrever pra desejar a todos vocês, meus queridos amigos e amigas, um feliz natal.
Eu não sei como você comemora o natal, se comemora, se passa com a família, com os amigos, com seu bichinho de estimação ou sozinho em casa. Se segue os ensinamentos de Jesus ou acha que é tudo ficção. Se vai na igreja ou se é ateu até o fundo da alma. Para mim pouco importa. Quero te desejar um natal de esperança!
A esperança pode ser uma palavra apenas. Uma palavra que as pessoas usam meio que sem pensar. Que falam como no ditado popular "a esperança é a última que morre", mas que poucos vivenciam. Porque a esperança pode ser um sentimento. Um sentimento forte, que toma conta do nosso coração e da nossa mente. Um sentimento que nos impulsiona a acreditar, a não desistir, a pensar positivamente, a ver as coisas por outro ângulo, a tentar entender as pedras no caminho.
Provavelmente o que fez você começar a ler esse blog é o fato de a esclerose múltipla ter entrado na sua vida. Mas o que manteve você aqui não foi a doença, mas foi o fato de compartilharmos ideias semelhante sobre a vida. O que nos une não é a doença, ou o sofrimento, mas a esperança de que esse sofrimento vai nos ensinar alguma coisa, a esperança de que vale a pena viver e ser feliz e que a doença não é a coisa mais importante da nossa vida.
Segunda-feira, enquanto eu pensava sobre o que escrever pra vocês nesse natal, revi (pela quinta vez, eu acho) o filme A invenção de Hugo Cabret. Não é um "filme de natal", mas é uma filme muito bonito e que nos faz pensar... Queria deixar um pensamento do personagem Hugo Cabret: 

"Gosto de imaginar que o mundo é uma grande máquina. Você sabe, máquinas nunca tem partes 
extras. Elas têm o número e tipo exato das partes que precisam. Então imagino que se o mundo é uma grande máquina, eu também estou nele por algum motivo. E isso significa que você também está aqui por alguma razão".

Ainda, no filme, Cabret nos lembra que todos temos propósitos,

"e se você perde seu propósito, é como se estivesse quebrado".

Que nesse natal, você lembre que é peça importante dessa máquina. E que não está aqui por acaso. Nem tem essa doença por acaso. A doença pode atrapalhar um pouco o caminho que imaginávamos trilhar para conseguir nossos propósitos, mas jamais nos tirar todos eles. Invente novos caminhos. Consiga novos parceiros na caminhada. E continue indo atrás daquilo que te move, que te faz viver, que coloca um sorriso no teu rosto! Eu acredito que tudo sempre vai dar certo. De uma forma ou de outra, vai dar. E se for pra tudo dar errado, pelo menos estarei em boa companhia ;)
Hoje de noite, quando o Papai Noel passar por aí, que deixe um bocado de esperança (ou fé, como você preferir) e te faça relembrar seus propósitos, sejam eles quais forem!
Feliz Natal!!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Dia de ler revista

Faz de conta que eu divo assim, lendo uma revistinha...

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Por aqui tudo bem. Clima meio de correria porque parece que vai acabar o mundo e não o ano, mas tudo se acertando.
Nessa semana tive uma grata surpresa ao ler uma matéria sobre EM numa revista. Vocês sabem, tão bem quanto eu, do frio que dá na espinha quando a gente lê Esclerose Múltipla na capa de uma revista né? Eu tenho 10 tipos de medo, 3 de desespero e 5 de horror.
Pois não é que minha querida orientadora me deu, essa semana, a Seleções - Readers Digest de dezembro, contendo uma matéria sobre EM e... pasmem... ela está ótima!
Nada de novo no front, mas é uma matéria bem escrita, contendo dados científicos respeitáveis e explicando tintin do que é esclerose múltipla pra quem nunca ouviu falar. Eles explicam até as principais diferenças entre EM surto remissão e primária progressiva, coisa que eu nunca tinha lido em matéria de jornal ou revista. A maioria nem menciona que existe mais de um tipo de EM, quanto mais explicar as diferenças.
Acho que tá valendo a pena comprar a revista e deixar em casa pra quando alguém te pedir uma explicação sobre, você dá a revista pra pessoa ler. Se alguém quiser, posso escanear e enviar a matéria completa por email, só me passem um email pedindo. Não vou deixar um link aqui porque é ilegal...hehehehe.
Mas deixo o link da introdução da matéria pra quem se interessar: http://www.selecoes.com.br/novas-esperancas-para-esclerose-multipla
E pra quem for buscar a revista na banca, é a do mês de dezembro e tem o Papa (esse sim, que é Pop pra caramba) na capa!
Até mais!
Bjs

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ideias pro Natal

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Comigo tudo bem. Só tô sem escrever porque consegui a façanha de prensar meu dedo indicador esquerdo na janela de casa. Uma janela de madeira. A bocaberta aqui foi puxar um lado porque tava trancando e quando ela veio, prensou meu dedinho. Resultado: ele inchou pra caramba, ficou com a unha toda preta e eu não conseguia encostar nele. Agora ele tá menos pior. Ainda não dá pra encostar mas já tá parecendo um dedo...ehehhehe.
Eu tinha pressa pra escrever porque hoje quero dar duas dicas de presente de Natal. Um é sobre o que dar pros familiares, amigos secretos etc. E outro é pra dar mesmo, pra um projeto muito bacana.
Primeiro, se você ainda não escolheu o que vai dar de Natal pra um amigo, parente, alguém que você goste, minha dica é entrar no Esclerose Múltipla Virtual - http://www.loja.esclerosemultiplavirtual.com.br/ e escolher algum mimo da Madame Plim Plim.
A Gislaine, idealizadora do Esclerose Múltipla virtual está com uma linha de produtos novos para 2015 e está procurando revendedores, lojas que queiram ser parceiras do EM Virtual. Alguém se habilita? É só entrar em contato pelo site que ela explica, tintin por tintin como funciona.
A ideia do EM Virtual, site e produtos é divulgar através da linha da Madame Plim Plim - Um amor sem palavras, a conscientização da importância do tratamentos e profissionais envolvidos, divulgando a importância do Carinho, Cuidados, Consciência e Convivência. Cultive você também! A Gislaine comentou comigo que, através das  lojas e/ou parceiros divulgaremos a EM e os cuidados necessários, com informativos que vão ir junto com os produtos. 
Já minha outra dica do que fazer nesse Natal vem do Projeto Camaleão. Eu já tinha ouvido falar desse projeto e, há alguns dias, olhando o facebook, vi uma amiga dizendo que estava doando seus lenços para o Natalenço do Camaleão. Não entendi nada e fui atrás conhecer.
O Projeto Camaleão foi idealizado por 3 amigos e visa proporcionar maior auto estima à mulheres com câncer. Eu achei maravilhosa a ideia. Só a gente, que incha, cai cabelo e fica se achando uó é que sabe o quanto é importante alguém nos lembrar de pentear os cabelos (quando eles ficam na cabeça), pintar as unhas, se olhar no espelho. O quanto é importante a gente gostar do próprio corpo, mesmo quando ele tá mais capenga.
Nós não compartilhamos a mesma doença, nem os mesmos sintomas, nem as mesmas dores ou medos. Mas espero que compartilhemos a mesma esperança, fé e vontade de vencer. Porque fácil não é, mas com esperança fica mais leve.
Quem quiser conhecer melhor o Projeto, pode entrar nesse site: http://www.alemdocabelo.com/projetocamaleao.pdf ou acompanhar o pessoal no facebook: https://www.facebook.com/projetocamaleao2014?fref=ts



O Natalenço funciona assim (copiei do face deles):

O PROJETO CAMALEÃO está lançando o NATALENÇO 2014! 
Quer ajudar pacientes com câncer a ter um Natal mais feliz? 
É muito simples: DOE UM LENÇO E UM GESTO DE CARINHO! 
1. Escolha um lenço bem bonito - pode ser usado, desde que seja largo o suficiente para cobrir a cabeça;
2. Lave-o e deixe-o cheirosinho; 
3. Escreva uma mensagem de Natal para a paciente que irá receber este mimo;
4. Coloque sua doação e a mensagem dentro de um saco plástico transparente; 
5. Entregue em um dos seguintes pontos de coleta espalhados por PORTO ALEGRE: 

* Instituto de Desenvolvimento do Fornecedor - IDF / RS (Rua Dr. Flores, 263 11º andar – Centro)
* Consultório Culinário (Rua da República, 125 - Cidade Baixa)
* Urban Arts Porto Alegre (Rua Quintino Bocaiúva, 715, Moinhos de Vento)
* Ana Bella Beauty (Av. Venâncio Aires 449, Cidade Baixa) 
* Clinionco Clínica (Rua Dona Laura, 204, Moinhos de Vento)
* Isaclin (Rua Miguel Tostes, 611 - Rio Branco) 
* Ánandam Yoga e Cultura (Rua Ramiro Barcelos 1843, Bom Fim)

Os lenços arrecadados serão encaminhados a Hospitais, Centros Oncológicos e ONGs que ajudam pacientes com câncer! 
A arrecadação vai acontecer até o dia 19 de dezembro!
Faça sua doação! Compartilhe essa ideia! Juntos podemos espalhar sorrisos nesse Natal!

Viram que a arrecadação é até dia 19... essa sexta-feira gente!!!!
Eu não tinha lenços em casa, porque não uso. Mas passei no Brechó do Dias (https://www.facebook.com/BrechoDoDias?fref=ts) e separei os que eu achei mais bonito e que acho que dá no tamanho. Depois de limpos e cheirosos, coloquei nos saquinhos e escrevi um cartão de natal pra ir junto com eles. Espero que as meninas gostem!



Faça vocês também! Ainda dá tempo!
E se você não é de Porto Alegre mas gostou da ideia, que tal fazer aí na sua cidade também?
Até mais!
Bjs

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Encontro de Blogueiros da Saúde - segundo dia

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Por aqui o calor tá tão forte e a fadiga chegou de mala pra ficar que nem consegui responder aos últimos comentários e emails. Sério, 36 graus não é coisa de Deus né?
Fora o calor, continuo com muita fadiga e dor. Muita dor no corpo. Hoje consegui descrever a dor que tenho sentido nos últimos dias: tenho cinco jibóias estrangulando meu corpo. Uma em cada um dos membros e outra, maior, em volta da lombar. Elas ficam apertando meu corpo, amassando as articulações e fazendo a musculatura ficar fraquinha que não pega nem um copo direito. Agora sei que o que preciso não é de pulsoterapia, é de veneno pras cobras.
Mas chega da Bruna reclamenta por hoje. Quero é acabar de contar pra vocês sobre o Encontro de Blogueiros. Faltou falar de um dia inteirinho de evento...
Bom, acabamos o Encontro de Blogueiros de EM com uma satisfação enorme e uma felicidade imensa. Conheci amigos queridos naquela sexta-feira. Amigos como o Fernando, a Kela, a Carol, o Breno e a Natália, a Maria Aparecida e outros tantos que não vou conseguir lembrar o nome que são leitores aqui do blog e foram lá pra eu ter o prazer e a honra de abraçá-los. Vocês não fazem ideia de quanto fiquei feliz em vê-los lá. Em receber emails de vocês. Enfim, de tê-los comigo sempre.
Acabamos o dia exaustos. Mas ainda deu pra jantar com os blogueiros de EM e dar mais um abraço nos amigos que não ficariam para o dia seguinte.
Nossa jantinha depois de um dia inteiro de trabalho

Segundo dia, todo mundo muito cansado, fomos um pouco mais tarde para as palestras do II Encontro de Blogueiros e Ativistas em Redes Sociais da Saúde.
A programação foi essa:


Nós chegamos no final da fala sobre células tronco e vimos só até a palestra Saúde nas Redes. Como tínhamos um avião pra pegar em Guarulhos e o trânsito de São Paulo é caótico, tivemos que sair antes do final. Mas pretendo rever todas as palestras em vídeo.
Nesse segundo dia as falas eram mais voltadas aos blogueiros, associações e profissionais de comunicação que pretendem trabalhar com saúde/doença. Vendo algumas falas, me senti a blogueira mais displicente da vida, porque não tenho muita ordem no que vou escrever, nem quantos posts por semana, nem que dia da semana, nem quantas palavras eu escrevo. Mas eu não sou instituição, não ganho dinheiro pra isso e faço por prazer e com o coração. Sei que parece piegas (e talvez até seja), mas não vejo meu blog como um negócio, vejo ele como minha casa. Como uma sala aconchegante em que qualquer um pode chegar a qualquer hora pra bater um papo. E onde eu posso chegar todos os dias, ou uma vez por semana e falar, falar, falar o que dá vontade. É nosso boteco particular. Nosso divã. Nossa cozinha. Nossa sala. É o lugar onde a gente se sente a vontade sempre.
Já até tentei me colocar regras pra escrever no blog. Mas meu coração não segue regras... quando estou muito triste, não gosto de escrever, porque não sai coisa boa. E quando estou muito feliz, acabo não escrevendo porque quero ocupar todo o tempo com a felicidade que transborda. E assim vou montando esse espaço. Com momentos. Com recortes. E tem semanas que tenho mais recortes pra mostrar. Semanas que tenho menos. Paciência...
Mas essa coisa de método pra escrever é bem interessante para as associações, por exemplo, que querem ter mais acesso nas suas páginas, serem mais conhecidas. E também para os blogueiros que querem ser profissionais. Para os jornalistas que querem trabalhar com blogs. As palestras foram bem interessantes nesse sentido. Apesar de ter feito eu me achar uma péssima blogueira por alguns minutos.
Fiquei lá, me martirizando por não responder os emails todos no dia que me enviam. Mas, fazer o que...eu sou só uma. E uma com esclerose, fadiga, dor e tudo mais que ela tem direito. Aí, pensei melhor e a culpa passou...hehehe.
Agora tô só na espera dos vídeos para rever e postar aqui pra vocês também poderem curtir e aproveitar.
Aos amigos que querem montar um blog, sugiro que vejam com bastante atenção essas palestras do Encontro. Podem ser úteis pra dar ideias de como começar, como se organizar, onde procurar as coisas.
Desses dois dias eu trago no peito uma saudade enorme dos amigos que conheci/reconheci/encontrei lá. Alguns eu já conhecia, e tive o prazer de reencontrar. Outras eu conhecia pela internet e pude conhecer o tamanho do abraço delas. E outras ainda, me conheciam e nunca tinham entrado em contato, mas foram lá para que pudéssemos nos conhecer. Fico imensamente feliz por esses encontros. Afinal, o que vale nessa vida são as relações que construímos. E essa amizade, mesmo que de longe, mesmo que a gente se veja uma vez por ano, mesmo que só nos falemos pela internet, ela é verdadeira, é forte, é importante e me faz feliz!
Obrigada amigos que estiveram presente.
Quem não esteve, pode conferir nas fotos a alegria desse povo todo:

Saindo de Porto Alegre com a Tuka, o Jota, a Márcia e a Vaneza

A Tuka quis viajar com as crianças...hehehe. Obrigada, minha amiga, por topar ir com a gente!



Jota, Rodrigo (tão bom te reencontrar meu amigo!), a Carla, a Maria Aparecida (sim, da cadeira que eu roubei) e a Claudia. Adorei conhecer vocês gurias!!!

Povo brincando no encerramento do nosso evento...

E rebolando também...

E erguendo as mãos...

E batendo palmas!


Aí é nóis chegando no evento, ainda descansadinhos.

Eu e meu amigo aguardando para sortear uma boneca da Madame Plim Plim

Azamigas fofocando...hehehe. Eu, Cynthia e Bete, minhas amigas e afilhadas, que amo demais!

Quase desmaiei, mas enchi o balão

Olha eu e o Jota com a Cynthia aí. Essa menina é demais gente. E a mamãe dela também.
Dá um look nesse rosário que ela tá usando no pescoço. A mamis dela que fez e mandou pra gente. Obrigada tia!


Prestando atenção nas palestras

E sendo phynos no hotel, já de malas prontas pra voltar.


Até mais!
Bjs

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Partiu Paralimpíadas Rio 2016

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Estou voltando à vida aos pouquinhos. Eu sei que eu não morri, mas, sinceramente, pulsoterapia acaba comigo. Já contei pra vocês o quanto eu odeio essa gente que faz pulso e fica ligadona, melhora 200% e sai por aí fazendo pirueta. Tá, não odeio. Na verdade eu queria ser assim também.
A verdade é que há 14 anos eu faço essa dita cuja de pulso e há 14 anos eu fico pelo menos 2 semanas muito mal. Durante a pulso eu fico acabada, como mal, durmo demais, enjoo, tenho náusea e minha pressão cai vertiginosamente. Depois, quando eu acho que vou ficar bem, porque acabou a pulso, eu fico pior. Meu corpo fica muito fraco. Fraco de não conseguir levantar um copo de água. Fraco de não conseguir tomar banho. Fraco de tremer de cansaço a cada mínimo esforço. E quando eu falo esforço é, tipo assim, comer.
Toda vez que eu faço eu penso que vai ser mais agradável. Mas toda vez eu vejo que não é.
E, sinceramente, eu fico uma pessoa muito desagradável também.
Essa foi a primeira pulso que o Jota me cuida. E, ainda bem, ele não quis me devolver pra minha mãe... hehehehe.
Bom, pra ajudar, em Porto Alegre tem feito 34 graus nos últimos dias. Ou seja, eu mal levanto e já tenho que deitar porque não me aguento. Então, resolvi parar de brigar com o corpo e ficar deitada, na frente do ar condicionado, lendo, quando consigo e respondendo aos pouquinhos os emails que chegaram. Vai dar tudo certo!
Aliás, muito obrigada a todos os amigos que rezaram, torceram, mandaram mensagens, boas vibrações etc nesses últimos dias. Prezo demais esse carinho todo. Obrigada!
Além de agradecer, quero fazer um convite a vocês. Nesse tempinho em que me desliguei um pouco, me liguei de outra coisa: tá acabando o prazo de inscrição para voluntários durante os jogos olímpicos e paralímpicos.
Eu gosto muito de olimpíadas. Mais do que Copa do Mundo, talvez. E admiro demais os nossos atletas paralímpicos, que trazem muito mais medalhas pra país e são menos reconhecidos. Sempre tive vontade de assistir esses heróis em ação no auge da sua carreira. E as Paralimpíadas do Rio pode ser uma boa oportunidade.
Pelas minhas contas, eu já tenho que ter acabado o doutorado durante o período das Paralimpíadas, então, me inscrevi para ser voluntária nos jogos. Você só precisa ter vontade e assumir o compromisso. A inscrição é feita pelo site: http://www.rio2016.com/voluntarios/
Lá eles perguntam tudo sobre você. O que pode e o que não pode, se tem alguma necessidade de acessibilidade, o que deseja fazer, quantos dias, até o tamanho do uniforme. Eu e o Jota nos inscrevemos. Não é porque temos EM, mobilidade reduzida e fadiga que não podemos ser úteis nesse grande evento. E eu gostaria muito de fazer parte da história desses jogos.
Toma coragem e te inscreve também!!!
Nos próximos dias eu acabo os posts do Encontro de Blogueiros... talvez até já tenhamos os vídeos disponíveis.
Até mais!
Bjs

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pulsoterapia, de novo!

Meu sorinho no Hospital Moinhos de Vento

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Eu já tô com aquele gosto amargo da EM, bem conhecido de quem faz pulso. Comecei hoje.
Confesso que não ia escrever nada. Porque tô meio cansada. Os olhos embaçam com a medicação. E porque quando eu tô chateada acaba não saindo coisa muito boa.
Mas aí algumas pessoas pediram o que tinha acontecido. E eu sei que você, meus amigos, se preocupam comigo.
Então, vamos lá ao relatório médico-psico-emocional da pessoa.
No dia do Encontro de Blogueiros de EM, no meio da tarde, eu senti uma fisgada que ia do ombro direito até o cotovelo. Dava a fisgada, tipo um choque e depois ficava formigando. Lembro que até comentei com algumas pessoas em conversas de corredor, porque tava me incomodando. Até disse que achava que era cansaço, e o calor... mas que se não passasse até segunda-feira ou piorasse eu ia conversar com a minha neuro.
Acontece que não passou. E piorou. Ficou com formigamento o tempo inteiro que pega parte do peito, ombro e braço esquerdo. Aí comecei a ter maior espasticidade nas pernas também, o que dificulta pra andar. Minha fadiga foi a nível um milhão. E desde sexta comecei a ter sinal de lhermite na perna esquerda (pra você que quer saber que diabos é lhermite, dá uma olhada aqui: http://esclerosemultiplaeeu.blogspot.com.br/2009/04/bonita-por-dentro.html).
Eu já sabia da pulso antes mesmo de viajar. Fui na neuro na sexta feira retrasada. Primeiro ela pediu uma nova dosagem de B12, já que a anterior estava baixíssima e poderia justificar a fadiga. Mas depois de três injeções (doídas pacacete) o nível de B12 tá altíssimo. Então, partiu pulsoterapia de cinco dias e uma ressonância de cervical. Porque a de crânio que eu fiz no mês passado tá um luxo de linda.
Não fiz a pulso semana passada porque eu quis ir pro Rio e quis apresentar meu trabalho. Eu piorei pouco em uma semana. E acho que minha ida só me fez bem. Sim, eu sou uma paciente meio impaciente e meio teimosa. E eu pago pelas minhas teimosias. Todas elas.
Segundo o povo aqui de casa, eu tô surtada porque eu não repousei direito na última pulso. Fiquei lá enlouquecendo, arrumando reforma, mudança e dia nacional da EM. Talvez eles tenham razão.
Talvez seja o incômodo com a vizinha, com a garagem do prédio, com a transferência do apartamento. Talvez seja a inquietação por não estar conseguindo trabalhar da forma como eu gosto. Talvez seja o final de ano. Talvez seja tudo isso. Talvez seja nada disso. Talvez seja só a EM trabalhando e eu aqui, tentando dar um sentido pra ela e para suas vindas inesperadas.
O importante é que, dessa vez, eu vou ficar bem quietinha em casa. Só vou responder os emails e comentários do blog na semana que vem. E conforme meus olhos ajudarem, eu escrevo aqui também. Senão, já sabem né: férias forçadas de verão pra mim.
Estamos tentando baixar Game of Thrones pra passar o tempo atirada no sofá.
Prometo que vou ficar melhor. Prometo que vai dar tudo certo.
Depois da pulso, dos exames e de tudo visto, vamos decidir o que fazer com esse avonex que não tá me segurando. Ou será que tá e eu que não tô? Ai... essa dúvida me confunde. Prefiro deixar ela pra depois da pulso.
E, muito obrigada, aos amigos que se preocupam comigo e me perguntam como eu estou. Vocês não imaginam o quanto isso é importante. Demais mesmo!
Até mais!
Bjs

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Soltando as borboletas

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Bom, eu sei que eu prometi que hoje postaria sobre as palestras do II Encontro de Blogueiros da Saúde. Mas, vou pedir licencinha pra falar de outras coisas hoje e prometo voltar com esse tema no próximo post.
Passei o final de semana no Rio de Janeiro. Sim, o Rio de Janeiro continua liiiindooo (e eu só sei disso porque os queridos da Vanilda e do Luis Osmar me levaram pra cima e pra baixo pra eu conhecer um tanto da beleza da cidade. Obrigada). Mas eu só topei ir sozinha, pra uma cidade que eu não conheço, em surto (ah, sim, esqueci de contar, que vou pra pulso semana que vem... depois conto isso), pra apresentar um trabalho e ver um livro com meu nome no sumário e na seção "sobre o autor".
Pra quem vive a realidade da vida acadêmica, ter um capítulo de livro pode parecer algo comum, corriqueiro. Para mim não. E a EM tem influência nisso.
Quando eu tive o diagnóstico e achei que ia morrer disso em 5 ou 10 anos, pensei em parar de estudar. Depois eu fui descobrindo que eu podia fazer muitas coisas. Não todas que eu queria, mas ainda assim muitas.
Os médicos, psicólogos, psiquiatras, entendidos de EM, de doença auto imune, benzedeiras e o senso comum sempre me falaram pra fazer duas coisas contraditórias: fazer o melhor que eu pudesse, sempre; e não me estressar, não achar que eu tenho que fazer tudo perfeito.
Sempre achei isso complexo. Porque eu sou uma perfeccionista de nascença. E todo perfeccionista é meio estressadinho. Mas aí eu tinha que fazer as coisas sem me preocupar, de uma forma mais relaxada pra não ficar doente, literalmente.
Assim, eu comecei a pensar que, se eu fosse mediana, já estava bom. Coloquei na minha cabeça que eu não precisava ser a melhor em nada, só o medíocre já tava bom. Assim eu não deixaria de fazer nada mas também não me incomodaria e ficaria menos doente.
Quem teve o diagnóstico de EM já deve ter passado por isso, esse impasse de como mudar de ritmo, como ser producente, como não se estressar, como lidar com essa queda de expectativas. Sim, porque o mundo espera menos de nós. E, às vezes, a gente acaba acreditando que deve esperar menos da gente também.
A verdade é que, profissionalmente, eu nunca me cobrei muito. E nunca esperei muito também.
Antes do diagnóstico de EM eu pensava em ser diplomata. Eu já tinha dois idiomas no currículo, faria uma faculdade boa e até poder me tornar diplomata, estudaria bastante pra ser boa nisso. A EM acabou com esse sonho. Sinceramente, ainda bem... acho que eu não daria bem pra isso e teria desistido no meio do caminho.
Mas, enfim, a EM me fez guardar muitas expectativas, em relação a mim mesma, bem escondidinha, dentro de uma caixinha escondida. Eu olhava para os sonhos, e eles eram bonitos, como asas de borboletas. Aí eu os guardava, bem escondido, pra não correr o risco de querer ficar vendo as borboletas batendo asas quando eu achava que elas jamais iriam voar.
Nesse ano, muita coisa mudou. Fui soltando algumas borboletas, devagarinho. Comprar minha casa, casar, pensar em ter filhos, em trabalhar...
E, profissionalmente, encontrar meu problema de tese no doutorado mudou tudo: eu comecei a achar que eu podia mais. Que eu tinha capacidade de ser boa nisso. E eu acho que sou mesmo, sabe. Que eu tô num caminho que eu não preciso achar que ser mediana é bom. E que quanto mais eu me dedicar, mais feliz eu vou ficar, e não mais doente.
Por isso, ter um artigo publicado num livro ao lado de outros pesquisadores brilhantes, alguns dos quais eu sou fã, é uma coisa muito grande pra mim.
É a prova física de que eu posso. É a prova que eu não preciso acreditar que eu sou menor ou menos que os outros que conseguem estudar e trabalhar o dia todo. É a prova de que a EM pode até ter diminuído minhas expectativas em relação a mim, mas não diminuiu o tamanho dos meus sonhos.
Talvez eu tenha ficado tão feliz porque nunca esperei isso e quando conquistei, foi lindo. Talvez, quem cria expectativas demais acaba colhendo frustração quando não dá certo. Sei lá...
Não que isso vá me subir à cabeça. Eu sei que pra maioria ali é só um livro. Só mais um livro. Pra mim tem sabor de conquista. Sabor de sonho. Sabor de planos. Sabor de vitória. Sabor de bóra continuar que tem muita coisa boa pra se viver e produzir ainda minha filha!


Só queria compartilhar com vocês essa minha alegria. A de conseguir algo que jamais imaginei ter. Que achei que não podia ousar querer ter. E que agora sonho com mais.
Só queria poder dizer pra vocês não esperarem menos de vocês só porque a EM chegou. Ela pode até nos deixar mais lentos, mais doídos, mais doidos, mais tensos... mas que ela também nos deixe mais fortes, mais sensíveis, mais solidários, mais pacientes, mais sonhadores e, quem sabe, mais felizes.
Escolha suas lutas e siga em frente, que a força vem do amor que dedicamos ao que fazemos!
Solte as suas borboletas também, antes que elas sufoquem dentro da caixinha. Deixemos nossos sonhos tomar o rumo que eles quiserem/precisarem tomar.
Até mais!
Bjs

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Encontro de Blogueiros - O caso do roubo da cadeira

Oi queridos, tudo bem com vocês?
Então, hoje eu vou contar da vergonha que eu passei no Encontro por "roubar emprestada" a cadeira de rodas da Maria Aparecida...
Bom, primeiro tenho que dizer que nós viajamos sem a nossa cadeira de rodas. Normalmente pegamos as cadeiras emprestadas em locais públicos, como shopping, supermercado, museus etc. Temos a nossa cadeira pra ir passear no parque. Mas como iríamos para um evento que iríamos do hotel pra Câmara Municipal, da Câmara para o hotel, nem me preocupei em alugar uma cadeira pro Jota.
Nosso hotel não tinha quartos com acessibilidade para todos os esclerosados. E aí que eu digo que acessibilidade não é só arquitetônica, mas é atitudinal também. Porque o hotel em que ficamos, mesmo não tendo acessibilidade, se ofereceu para adaptar todos os quartos necessários. Assim, no nosso quarto tinha cadeira de banho, nos banheiros que tinham banheiras eles colocaram barras de apoio e em alguns eles até tiraram o box do chuveiro pra caber a cadeira de banho. As atitudes deles foram pró-participação da pessoa com deficiência na sociedade. Gostei muito!
Bom, no hotel tínhamos acessibilidade e na Câmara também. Logo que cheguei, vi uma cadeira de rodas no cantinho da sala onde estávamos. Aí fiquei bem tranquila, porque se precisasse, estava ali. Vocês podem ver que tava ali mesmo ó:




Estávamos muito bem... até que começou a ficar muito quente lá dentro e a fadiga a pegar. E depois de participar de duas mesas, na hora de descer do palquinho, foi bem difícil pro Jota. A querida da Dalila, jornalista que estava ali do nosso lado que me ajudou pra não cairmos nós dois. Bem, aí ele sentou e eu fui lá buscar a cadeira de rodas pra podermos sair um pouco, ir no banheiro. Eu tava crente que a cadeira era da Câmara e estava ali pro evento, até porque eu tinha pedido isso pra organização.
Saímos com a cadeira, voltamos, e ele ficou na cadeira. Acontece que, quase no final do evento, fui levar o Jota de novo no banheiro e a Cida, que estava ali sentadinha, quietinha, me perguntou se a gente já ia embora. Eu disse que não, que só íamos ao banheiro e ela disse: ah tá, é que a cadeira é minha, e se vocês fossem deixar lá na garagem podia se perder...
Nooooossaaaaa! Fiquei com todas as cores de vergonha! Ficamos zanzando por lá com a cadeira dela... gente... sem comentários de tanta vergonha... Justo eu, que não levava nem clipes pra casa quando trabalhava em banco...
Ela disse que tudo bem, que ela sabia que tava com a gente... de qualquer jeito, fiquei com vergonha...hehehehe.
No final do dia, já perguntei onde que eu podia pegar uma cadeira na Câmara, caso precisasse no evento do dia seguinte. E aí eu descobri que só existe uma cadeira de rodas na Câmara Municipal de São Paulo, e ela fica na garagem, caso precisasse transportar alguém, mas a pessoa não podia ficar com a cadeira lá dentro. Achei meio estranho. E também insensato. Um local com o tamanho da Câmara, e quantidade de pessoas circulando todos os dias, tinha que ter uma cadeira por andar. Se alguém passa mal no último andar, até a cadeira de rodas chegar pra poder transportar a pessoa, já se perdeu muito tempo.
Fato é que, no dia seguinte, chegamos um pouco mais tarde e quando passei pela cadeira da Cida, num cantinho do salão, tinha uma etiqueta com o nome dela. Acho que não era pra ninguém roubar... era pra gente saber que, se precisasse, podia pegar a dela...hahahahahaha.

No intervalo do brunch pude conversar melhor com a Maria Aparecida, com a filha dela, a Carla e a Claudia, além dos blogueiros sobreviventes do eventos anterior. Fiquei feliz demais em conhecê-las meninas. E obrigada pelas referências da cadeira de rodas e da scooter. Estamos pensando em comprar uma cadeira boa ou uma scooter dessas pequeninhas. Mas falta tempo ($$$) no momento...hehehehe.



Maria Aparecida, obrigadão pela cadeira! Nos salvou o dia e você sabe disso! E obrigada por ter ido no evento com a Carla. Quero vê-las mais vezes!

Hoje, conversando com a minha neuro, o Jota me entregou e contou a história toda. Ela só me alertou de duas coisas:
1. Ter Esclerose não me exime de ir pra cadeia se eu cometer delitos
2. Ela se nega a atender na prisão...
Vou ter que cuidar melhor o que eu pego por aí...
ahahahahhahahaha

Bom, queridos, tô indo viajar (de nooooovo) e volto na terça. Quarta ou quinta eu acabo de contar as coisas que aconteceram no Encontro de Blogueiros.

Até mais!
Bjs

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

I Encontro de Blogueiros de EM - As palestras

Oi gentes, tudo bem com vocês?
Bom, hoje eu quero falar sobre as falas no I Encontro de blogueiros de EM. No geral, acho que foi muito bom, muito proveitoso. Mas, vamos lá, fala a fala sobre o que eu gostei e o que me incomodou também.
Começamos com nosso amigo-palhaço Serafino Não Godói falando uma coisa que eu discordo totalmente, apesar de entender que essa linguagem vem do senso comum. Até queria falar com ele sobre isso, mas não tive oportunidade. Então, vai aqui meu comentário. Ele começou dizendo que não falaríamos sobre deficiência, que cortaríamos o D, e falaríamos de eficiência. Bom, isso me doeu nos ouvidos, porque a luta das pessoas com deficiência, que começou lá pelos anos 1970, luta pelo reconhecimento, legitimidade e respeito da pessoa com deficiência, ou seja, da pessoa que tem uma falta biológica, reconhecendo essa falta como uma condição humana e não como uma qualidade moral. Assim, deficiência não é o contrário de eficiência. O contrário de eficiência é ineficiência. Então, me desculpem, mas eu estava lá para falar de EM e de Deficiência, com D mesmo, porque não vejo nada de errado, vergonhoso ou desabonador em ter uma deficiência e em assumi-la publicamente. #prontofalei

Fizemos a abertura com uma mesa linda, composta pela Ana Lúcia Marçal, organizadora do evento, o Gustavo San Martin, fundador da AME, euzinha, a Wanda, representando a ABEM, o sr. Wilson Gomiero, representando a Febrapem, a Cleusa Miguel, representante do MOPEM e Conselheira Nacional de Saúde e o Tiago, representando a Agapem.

Da esquerda para a direita: Gustavo, eu, Wanda, Ana Lúcia, Wilson, Tiago e Cleusa (crédito da foto: Cynthia Macedo)

Esse foi o primeiro momento que eu consegui ver todos que estavam ali. E me senti muitíssimo feliz em reconhecer alguns rostinhos que eu lembrava de ter visto na fotinho do face, de comentar no meu blog, de ter mandado uma mensagem, enfim, amigos que ainda não conhecia pessoalmente. E segurei as lágrimas dentro dos olhos, porque sim, eu sou uma manteiga derretida.

Depois foi o momento do Gustavo San Martin falar sobre coisas que influenciam direta e indiretamente a interação da pessoa com EM na sociedade, como um custo social da doença. Foi bem legal porque muitos de nós que estávamos ali nos identificamos com os exemplos dados por ele. Quando ele perguntou, por exemplo, o que uma pessoa com EM espera que tenha num parque, pra um passeio, todo mundo disse: banquinho. Porque pra quem tem EM, sentar é fundamental. E falou de diversos fatores que precisam ser melhorados e trabalhados para que a pessoa com EM tenha acesso a uma vida social. Dentre elas, vários pontos legais (legais de leis não de bacanas) que precisam ser trabalhados por nós, como cidadãos, pelas associações, pelos nossos representantes políticos etc.

Gustavo San Martin - crédito foto: Dalila Ferreira

Bom, depois do Gu, quem falou foi a advogada Sumaya Caldas, que trabalha junto à ABEM e à AME. E aí eu posso dizer que fiquei bastante descontente em diversos pontos. Foram tantos, que nem consigo lembrar de todos. Mas gostaria de comentar sobre 3 coisas. A primeira é que ela partiu do pressuposto que toda pessoa que pede aposentadoria e auxílio doença age de má fé ou é interesseiro ou os dois. Foi isso que eu senti na sua fala. Quando ela falou, por exemplo, que tem pacientes que contribuem somente 18 meses com a previdência e logo querem aposentadoria, ela ressaltou o custo disso pra previdência. Sinceramente, me parecia que ela estava falando para peritos da previdência e não pros pacientes. Vejam bem, eu, por exemplo, que tive o diagnóstico ainda na infância, vou ter uma dificuldade tremenda de ter 18 meses de carteira assinada. Porque eu nunca consegui ficar mais que 9 meses num trabalho por conta da doença. E se eu contribuir 12 meses e pedir aposentadoria, sinceramente, o problema é meu, eu é que sei das minhas condições de trabalhar e eu não estarei explorando ninguém, estarei apenas exigindo um direito meu como cidadã, não é? Então... ficou estranho isso. A segunda coisa que me incomodou demais, e isso foi demais mesmo, foi quando ela associou doença psiquiátrica com loucura com morte de peritos. Segundo a advogada, ninguém quer ser perito (e por isso temos poucos peritos no Brasil) porque tem uns doentes mentais que quando não ganham, vão lá e matam o perito (sério gente, quando chegar o vídeo vocês vejam com os próprios olhos e ouçam com os próprios ouvidos). Além de ter EM, de pesquisar sobre deficiências e doenças, sobre estereótipos e representações, sobre preconceitos, tenho uma irmã com esquizofrenia e minha mãe está presidente da Associação Gaúcha de Pacientes e Familiares de Esquizofrênicos e Doentes Mentais (AGAFAPE), e lá nós trabalhamos para acabar com a imagem do esquizofrênico violento, do louco bandido, do doente mental perigoso. E aí a advogada vai lá e diz isso? Cho-quei!!! Propagar uma imagem dessas, um estereótipo absurdo desses e ter esse preconceito todo é uma coisa que me fere. E, pra acabar aquilo que eu considero uma fala desastrosa, ela disse que tem uma "amiga" com EM que é piloto de avião e que ela sempre diz pra essa moça que, quando ela tiver pilotando um avião é pra avisá-la porque ela não voa nesse avião. Será que ela não entendeu que ofendeu todo mundo que tava ali? Se a pessoa acha que tem condições de trabalhar, se a empresa aérea acha que ela pode, então quem ela pensa que é para dizer que quem tem EM não pode fazer o trabalho X ou Y? Sério isso? Bom a fala dela acabou e eu já tava sambando na cadeira de tanto absurdo que tinha ouvido. Desculpa aí se alguém gostou ou se nem reparou nessas coisas. Mas eu realmente não gostei. 

Depois teve o Dr. Denis Bichuetti, médico neurologista, a falar sobre a EM de um modo mais geral, como os tipos de EM, como se faz o diagnóstico e alguns tratamentos. Acredito que o que ele falou não tenha sido novidade para a maioria, mas foi uma fala muito boa, muito clara e que podemos passar pra todos os conhecidos que querem entender melhor a EM e estão entrando nesse mundo. Ele também falou de alguns medicamentos que podem nos ajudar a controlar sintomas, melhorando a qualidade de vida.
Além disso ele tirou algumas dúvidas do pessoal que estava presente. Surgiram algumas questões como sobre ter mais que uma doença auto-imune, sobre a prevalência de EM na mesma família e sobre qual tipo de EM é mais comum. Eu confesso que ri um pouco, sozinha a cada uma dessas perguntas. Primeiro porque ele disse que é bem raro ter pacientes com EM e lupus ou EM e Doença de Chron. Ele citou, inclusive, que no Hospital São Paulo eles só tinham um paciente com esse caso. Aí O paciente se apresentou, porque é o Jota...hehehehe. E sobre o lupus eu ri porque a Pam, amigona aqui do blog tem os dois. Meus amigos raros... Sobre ter mais que uma pessoa com EM na mesma família ele também disse ser raro, aí lembrei do Jefferson, que estava na plateia e da Ingret, uma amiga aqui de POA, ambos com vários casos de EM na família. E sobre a EM do tipo primária progressiva ser difícil de se ver também, porque estavam ali na minha frente, o Jota e o Rodrigo Drubi. Meus amigos, vocês são raros em todos os sentidos ;)
Gostei muito do Dr. Denis!


Dr. Denis Bichuetti - crédito foto: Dalila Ferreira
Antes do intervalo pro almoço, tivemos a fala do Dr. Victor Saab, médico neurologista responsável pelo corpo clínico da AME. Ele falou sobre qualidade de vida e EM, citando algumas coisas que podem melhorar nossa qualidade de vida. Bom, eu concordo com tudo que ele disse, só não sei se é possível na vida real isso de não se estressar, dormir bem, comer bem, evitar calor, fazer exercício físico, fazer acupuntura, tomar remédios pra sintomas... Acho tudo isso muito legal teoricamente, mas na prática a gente sabe que não é assim que a banda toca. Um cano da casa explode, um filho fica doente, um prazo de trabalho acaba, o verão vem e não tem grana pra ar condicionado, é muito mês no final do dinheiro (aquele, do auxílio doença 'miséria' que você ganha porque é "interesseiro" e pediu com pouco tempo de contribuição) e quando você vê, não comprou nem os remédios nem a comida orgânica, de qualidade, as amêndoas que fazem bem pra fadiga ou o salmão com ômega 3. Sim, eu sei que tempo é uma questão de preferência, que a gente tem que saber nossas limitações e deve cuidar de si, mas aí entra o que a Dra. Ana Maria Canzonieri falou (e aqui eu pulo algumas falas porque acho que tem tudo a ver), enfermeira e psicóloga, doutoranda em ciências da saúde pela Unifesp e supervisora técnica da neuroreabilitação e pesquisadora da ABEM.
A Dra. Ana falou sobre a necessidade da equipe multiprofissional para atender essa doença múltipla, com múltiplas formas de se apresentar em pessoas que tem múltiplas ocupações na vida. Como ela bem lembrou, nós não somos só pacientes de EM, nós carregamos outras identidades, outras atividades, temos obrigações, deveres, enfim, vivemos em sociedade, com outras pessoas e precisamos fazer algumas coisas que, nem sempre, estão de acordo com o tratamento. Mas uma coisa bem interessante que ela disse foi: você está fazendo o que quer e precisa ou está tentando se enquadrar naquilo que os outros esperam de você? 
De toda a fala dela, essa pergunta foi o que eu trouxe pra mim. Porque eu sei que eu me cobro muito, sou perfeccionista a ponto de ser chata e eu me cobro, me culpo e me condeno, sem nem precisar da sociedade pra isso. Acho que eu preciso começar a esperar um pouco menos de mim... ou melhor, relaxar, e só. Deixar os problemas se resolverem e relaxar. 


Dr. Victor - crédito foto: Dalila Ferreira

Dra. Ana Maria Canzonieri - crédito foto: Dalila Ferreira


Bom, voltando à ordem das mesas, depois do brunch (essa é a forma chique de chamar lanchinho tomado no lugar do almoço), começamos a tarde com euzinha falando sobre a escrita autobiográfica como uma forma de organizar esses pensamentos e sentimentos que ficam tão desordenados com o diagnóstico, sobre o poder do compartilhamento das experiências como algo motivador, falei um pouco sobre o meu blog, a minha experiência com a EM, a responsabilidade do blogueiro, que precisa entender que ele não fala só por si, mas por todas as pessoas que tem a doença também... enfim, falei falei falei e o Jota, que tava mediando a minha mesa, não conseguiu me fazer ficar quieta...heheheeh. Também respondi a algumas perguntas bem legais. Gostaria de agradecer aos amigos que participaram da minha fala. Sério, eu tinha tanta coisa pra falar, não falei metade e ainda assim, falei demais. Bom, eu fiquei muito satisfeita com a minha fala. Espero que quem esteve lá comente ali embaixo o que achou. 
euzinha e o Jota - crédito da foto: Anemona Dentedeleão

Depois da minha fala, a Tuka foi só emoção ao falar sobre maternidade e EM. Ela diz não aceitar o rótulo de guerreira. Desculpa amiga, vou continuar achando que tu és sim uma guerreira. E mesmo que tu aches que não é a mãe que gostaria de ser, és a melhor do mundo pros teus filhos. E isso é o que conta! A Tuka, pra quem ainda não conhece, é uma mulher que eu gosto e admiro muito, que tem 5 filhos dos quais 3 vieram quase juntinhas (e duas vieram juntas mesmo, as gêmeas) e estão com 6 e 5 aninhos. Esses últimos três anjinhos vieram pós diagnóstico de EM e, mesmo sendo difícil (palavras da Tuka), são elas que a impulsionam todos os dias a levantar da cama e partir pra vida. Obrigada Tuka, por ter topado ir com a gente pra São Paulo, deixando tuas três pequenas e teu marido em casa pra encorajar as moças que querem ter filhos a terem mesmo. Na mesma mesa, o dr. Rodrigo Tomáz (médico neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein) falou sobre gravidez e EM, do ponto de vista médico. Adorei a fala dele, muito honesta, dizendo que ali todos sabiam muito sobre EM e que o que valia era uma conversa, tirando nossas dúvidas. Ainda, nessa mesa, a queridona da Wanda deu seu depoimento sobre suas gravidezes (sim, esse é o plural de gravidez), nos encorajando ainda mais. Resultado dessa mesa: todo mundo quis sair dali grávido!
E, meus amados, tenham a certeza que, o dia que esse casal esclerosado resolver engravidar, vocês acompanharão tudo, tintin por tintin, e a Tuka e a Wanda serão minhas consultoras pessoais, certo? 


Tuka - crédito foto: Dalila Ferreira

Dr. Rodrigo Tomáz - crédito foto: Dalila Ferreira

Wanda dando seu depoimento - crédito foto: Dalila Ferreira
Algumas lágrimas depois (sim, porque se eu não tinha chorado ao ver todo mundo ali ao chegar, eu chorei com a linda, emocionada e emocionante fala da Tuka).

Eu vou confessar uma coisa, a mesa seguinte, da dra. Ana Claudia Piccolo (neurologista, chefe do ambulatório de EM do Hospital Santa Marcelina) eu vi pouca coisa. Eu tinha participado de duas mesas seguidas e estava muito quente (um dos ar condicionados estava estragado) e eu precisei sair um pouco, jogar uma água gelada no rosto e dar uma respirada do lado de fora da sala. Lamento ter visto só metade da fala, mas adorei tudo o que ouvi. A dra. Ana falou sobre perspectivas de tratamento para o futuro. Tudo o que a gente queria e precisava saber sobre o que teremos nos próximos anos estava na fala dela. Quero rever toda a palestra quando estiver disponível o vídeo (no conforto do meu sofá, com ar condicionado ligado e sem o calor), e espero que todos vejam também. Recebo todos os dias emails pedindo quais são as novas terapias. A dra. Ana facilitou nosso trabalho, explicando de forma simples e clara o que vem surgindo por aí. Coisa boa!


Dra. Ana Claudia Piccolo - Crédito foto: Dalila Ferreira

Depois dela, tivemos uma fala surpresa... e que maravilhosa surpresa!!! O dr. Guilherme Olival (neurologista do CATEM, Albert Einstein e Sírio Libanês)foi lá para falar sobre medicamentos orais, mas a gente acabou pedindo que ele falasse sobre sua experiência como médico neurologista que é blogueiro de esclerose múltipla. E foi muito proveitoso! Além de sairmos de lá super admirando esse rapaz, para escrever aqui o post, fui atrás do blog dele, que eu não conhecia, e me viciei... fiquei lendo um texto atrás do outro e super recomendo: http://www.esclerosemultipla.med.br/ e http://www.drguilhermeolival.com.br/
Já falei pro pessoal lá, quero ele de novo no próximo encontro!


Dr. Guilherme Olival - crédito foto: Dalila Ferreira

Bom, e depois de todos muito cansados, mas muito satisfeitos com tudo que foi dito, encerramos nosso encontro com uma fala breve (breve demais, quero mais na próxima) da Wanda, como representante da ABEM, um breve fala da Cleusa (outra que foi breve demais...e que quero mais sobre essa luta política pela saúde), como representante do MOPEM, além do Gustavo reforçando o que falamos ali o dia todo: temos que agir coletivamente, já que temos o mesmo objetivo: conscientizar as pessoas (que tem ou não a doença) sobre a EM e melhorar a vida de quem vive/convive com ela. 


Cleusa Miguel -crédito foto: Dalila Ferreira


Acho que já tá todo mundo curioso pelos vídeos né? Eu também...mas logo logo poderemos ver.

Ufa! Cansaram já de ler? Eu confesso que cansei um pouco de escrever...
Nos próximos dias conto mais curiosidades do nosso encontro...como o caso do roubo da cadeira de rodas... heehhehe...
Chega por hoje, seus curiosos!

Até mais!
Bjs