segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Carinho inesperado

Oi amigos, blz?
Depois de um final de semana quente e ensolarado, começamos a semana com muita chuva e um dia cinza. Mas já que é segunda-feira e precisamos de um gás para enfrentar a semana, vou contar um fato muito fofo que aconteceu nessas minhas andanças em hospitais, laboratórios, médicos, etc.
Depois de tanto tempo surtando, tem vezes que nem preciso ir ao médico ou fazer exames pra saber que estou em surto. Pois bem, teve uma vez que eu tinha certeza absoluta que estava em surto. Liguei pro meu médico e ele pediu que eu o encontrasse no hospital para ele me examinar e fazer o que fosse necessário.
Cheguei no hospital e enquanto esperava, sentei na sala da recepção, vendo gente entrar e sair e ouvindo uma tiazinha chamar os médicos pelo microfone, que nem em saguão de aeroporto. Nisso, um menino de uns 4 ou 5 anos sentou do meu lado. Eu olhei pra ele, dei um oi e um sorriso e vi que ele estava com carinha de dodói, provavelmente era alguma gripe.
Eu, provavelmente, estava visivelmente triste e tensa. Mesmo sabendo o que ia acontecer e que tudo passaria, é inevitável ficar triste quando a EM acorda na gente e traz com ela medos e dúvidas.
O menino (lindo, fofo) estava abraçado ao seu boneco de pelúcia, o Barney, aquele dinossauro roxo simpático ali da foto. Eu nunca tinha visto o tal bichinho. Eu olhei de novo pra ele, pra incomodar a criança. Adoro brincar com criança e pensei em distrair o menino, já que ele devia estar assustado em ir ao hospital e tal. Qual não foi minha surpresa quando ele soltou um pouco o Barney e me disse: Quer abraçar o Barney tia? Quando eu tenho medo eu abraço ele.
Achei uma graça. Eu, com lágrimas nos olhos agradeci, sorrindo e fiz um carinho no Barney.
Fui tentar ajudar o menino num momento de insegurança, e quem me deu segurança foi ele.
Olha que coisa mais linda. Um menino, claramente doente, teve a sensibilidade de ver que a tia aqui estava triste e com medo. Do jeito dele, me ofereceu um alento, um carinho, uma segurança.
Foi surpreendentemente prazeroso esse momento, na recepção do hospital.
Fui chamada logo depois e entrei na sala do médico sorrindo e feliz. Tanto que ele perguntou: ué, tá feliz em fazer pulso?
Eu não disse, mas pensei: não, to feliz porque mesmo com medo e dúvidas, vi que posso ter esperança na humanidade.
Com tanta loucura acontecendo no mundo, ainda tem gente que pensa no outro, que tem a sensibilidade e o altruísmo de oferecer a sua felicidade ao próximo, de ajudar. E o melhor de tudo, isso vem de uma criança, que, se deus quiser vai ser um ser humano melhor.
Esse acontecimento, que parece pequeno e bobinho, me trouxe esperança.
Hoje, quando estou brincando com o controle remoto da TV e está passando no Discovery Kids o programa do Barney, paro por alguns segundos e fico olhando e lembrando do menino que me deu segurança quando eu precisei. Daquele carinho inesperado, na hora certa.
Tá com medo? Abrace o Barney.

Até amanhã!
Bjs

5 comentários:

  1. Que lindinho... Por que será que a gente perde essa inocência, heim? Esse compartilhar da dor? Ops, felizmente, não somos todos que perdemos. Muitos de nós conseguem manter essa candura de compartilhar a dor e dizer: "Segura a minha mão, que pode não resolver o seu problema, mas pelo menos você não se sente sozinho."
    Compreendi, de verdade, o que era isso durante a ressonância, dentro da máquina, completamente isolada do mundo externo, passando mal de claustrofobia e a única coisa pra me acalmar era o tato da mão da minha mãe na minha perna.
    Essa criancinha ai, foi um anjo que colocaram no seu caminho pra você se lembrar disso: Existe hora pra você encontrar os anjos e existe momento pra você ser um (com esse post, agora).
    Beijinhos

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  2. Infelizmente pessoas como esse menininho com essa inocencia e vontade de ajudar o outro , ou pelo menos reparar a pessoa que esta ao seu lado e lhe prestar um pouco de solidariedade são extremamente raras nos dias de hoje em que as pessoas estão se preocupando apenas consigo mesmas, mas o gesto do menininho não foi o unico a ser adimirado, o teu também que ao tentar distrair o garoto da tristeza não esperou que ele retribuísse dessa forma. Só de ler esse teu post acho que a humanidade pode melhorar e concerteza emociona qualquer um que o leia ! beijos bru ... vo continuar a ler sempre teu blog ! tua priminha Luana

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  3. Nem sempre perdemos a inocência e sim perdemos a coragem de demonstrar o que temos dentro do nosso coração, por rotulagens impostas pela sociedade...ser amigo,compreender alguém é visto hoje como algo extranho!! Não podemos deixar de lado isso em momento algum, pois realizar o bem, a caridade engrandece a si próprio e não aos outros, faz bem ao coração e para a alma!!

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  4. É isso aí gente. Olhar pro outro um pouco não faz mal a ninguém. Pelo contrário, ajudar faz um bem danado pra gente.
    Bjs

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  5. Bruna, 1º de tudo adorei encontrar vc no orkut...
    Como é bom encontrarmos pessoas q nos fazem bem....
    Bjs....

    Vania

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