segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Francisco apressadinho...

Oi gentes, tudo bem com vocês?
Por aqui tudo bem... ansiedade à flor da pele. Essa semana Francisco resolveu que quer vir antes e me colocou de repouso pra vermos se seguramos esse menino mais umas semanas aqui dentro. Eu falo pra ele não ter pressa, que ele terá todo tempo do mundo pra se mexer bastante aqui fora... mas acho que ele tá ansioso pra ter essa mãe babona amassando ele até dizer chega!
Na minha cabeça, mil coisas se passam. Não consigo escrever muito porque o tempo que estou acordada fico meio zumbi. Não tenho conseguido dormir muito bem, porque dá azia, porque não tem posição que fique bom, porque quando tento dormir fico pensando em como vai ser... Resultado: não devo dormir 5h por dia, somando todos os cochilos.
Mas tem sido delicioso! heehhehehe
Enquanto Francisco não nasce, curtam os vídeos que eu e o Jota estamos fazendo com carinho, toda semana. Já são 27 vídeos gente!
Esse é o último:


Bjs

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Minha tese está disponível. Obrigada!


Oi gentes, tudo bem com vocês?
Por aqui tudo bem. Estou em "semi repouso" porque Francisco parece estar com pressa. Estamos com 32 semanas (isso quer dizer no oitavo mês), e ele até poderia já nascer saudável, mas o ideal é completar a gestação (que seriam 40 semanas). Vou ficar bem quietinha aqui em casa pelo menos pra completar 36 semanas (início do nono mês). Viu só como eu sou legal traduzindo semanas em meses? hehehehehe
Bem, mas o assunto de hoje não é gravidez (pasmem!).
Hoje eu quero compartilhar com vocês meu outro "filho" nascido em 2016: minha tese.
Sim, agora ela já está disponível no site da biblioteca da UFRGS para todos poderem baixar e ler com calma. Foi um trabalho que me deu muito prazer em fazer. Me mudou internamente como ser humano, me trouxe um crescimento pessoal imenso, mudou a forma como eu vejo/escrevo meus blogs, assim como fazer o blog me faz ter um texto acadêmico diferente, talvez coloquial demais para o povo das ciências.
Sugiro a leitura dos agradecimentos e da introdução àqueles que não gostam muito de ler... mas eu gostei tanto dela que acho que vale a pena ler toda, viu? hehehehehe
Enfim, eu gostei muito do resultado. E, claro, ele não vai parar por aí, nessas 187 folhas... Fazer um trabalho desses me fez pensar em outras pesquisas envolvendo o tema da Educação para a doença, que eu acho que é o que eu faço aqui no blog. E podem esperar, vem mais coisa pela frente...
Hoje eu quero agradecer, mais uma vez as pessoas que fizeram parte de todo esse processo, incluindo minha orientadora Prof. Dra. Rosa Hessel Silveira, que topou fazer esse trabalho comigo e me orientou da melhor forma possível, meus professores, colegas, amigos, familiares, blogueiros, leitores do blog, pessoas que pararam para conversar comigo sobre o trabalho num cafézinho em algum congresso... enfim, todos que deixaram alguma marca nessa escrita.
Muito obrigada a todos vocês!
Para acessar a tese, basta clicar AQUI!

O nome da tese é: LinkDor compartilhada é dor diminuída: autobiografia e formação identitária em blogs de pessoas em condição crônica de doença.
E para agradecer a vocês, que me acompanham aqui no blog, deixo a epígrafe da minha tese, porque era também, e principalmente em vocês, que eu pensava em cada início de frase e cada ponto final:

“Não consigo fingir que não estou com medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Amei e fui amado, recebi muito e dei algo em troca, li, viajei, pensei, escrevi. Tive meu intercurso com o mundo, o intercurso especial dos escritores e leitores” Oliver Sacks (Gratidão – Cia das Letras, 2015)

Até mais!
Bjs

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Onde há amor

Hoje é dia de São Francisco!
Não ia escrever nada sobre isso. Mas quando comecei um pequeno texto no meu facebook e vi que ia virar textão, resolvi contar aqui pra quem interessar.
Eu não gosto de santos. Não gosto sabe de imagens de santo, de Jesus crucificado... sei lá porque, simplesmente não gosto. Mas com São Francisco sempre foi diferente. É o único santinho que eu tenho imagem. Não que eu reze praquela imagem, mas é algo que me acalma. Olhar prum santinho barbudo com bichinhos em volta traz paz.
Mas, enfim, comecei a gostar de São Francisco ainda pequena, quando li o livro Francisco de Assis (criança estranha é assim, pega livrão cheio de letrinhas pra ler), e lendo o livro achei esse cara o mais de boas da história.
Depois, muito tempo depois, vi o filme Irmão Sol, irmã lua. E fiquei ainda mais encantada pela história do homem Francisco.
Não tenho o hábito de rezar pra São Chiquinho. Eu meio que rezo pro universo, sabe? Mas sei que ele tá ali, nessa falange de benfeitores que olha por mim, pela Terra, pela vida.
Bem, quando eu engravidei, nós tínhamos escolhido nomes de menina. Mas não pensávamos ainda em nomes pra um menino. Num certo momento, antes de saber se era menino ou menina, me veio uma intuição de que eu estava carregando um gurizinho aqui dentro. E no mesmo momento veio o nome: Francisco!
Parece coisa boba, conversa de grávida e tal. Mas os filhos nos dizem o nome que eles querem. O meu, pelo menos eu acredito, me disse. E desde então Francisco é o nome que eu mais falo no meu dia. E São Francisco é uma companhia mais constante.
Algumas pessoas perguntam se escolhemos Francisco por causa do papa. Outras se é por causa de Chico Xavier (já que eu sou espírita). A gente acaba brincando e dizendo que é por causa do Chico Bento, ou do Chico Buarque (somos fãs de ambos). Mas na verdade, ele será Francisco porque escolheu esse nome. E algo me diz, que ele escolheu por causa do São Francisco, esse que inspira todos os outros Franciscos que conhecemos.
Há alguns dias recebemos a visita de uma querida amiga, que eu tive que receber meio correndo porque tinha um compromisso, mas que nos deu um dos presentes mais lindos pro nosso Chiquinho e que está ilustrando o post de hoje. Um São Francisco pintado por um artista plástico de Brasília. Ela nos deu e nos contou que ele pinta o São Francisco com borboletas azuis porque quando teve uma doença e estava se sentindo desesperançoso, rezou para São Francisco e borboletas azuis apareceram pra ele. Quando a Domênica nos contou essa história, meus olhos se encheram d'água, porque as vezes a gente pede sinais e eles vêm. Esse São Francisco será emoldurado e colocado atrás da minha poltrona, que de estudos vai se tornar de amamentação. Assim, quando o Francisco estiver mamando, vai ter uma imagem linda olhando por ele.
Pois bem. Eis que ontem de tarde eu estava trabalhando aqui em casa, sozinha. E estava pensando no Jota, em algumas desesperanças dele e pensando numa forma de resolver. Porque eu não guento ver quem eu amo em sofrimento. Sou meio esponja e vou me entristecendo junto. Rezei (daquele meu jeito meio desajeitado) pro meu anjinho da guarda (como esse danado tem trabalho) e pedi pra ter forças para ser a força que ele precisa. "Do nada", uma música que eu não conhecia (ou conhecia mas não lembrava) começou a tocar na minha cabeça. Na minha cabeça ela tinha a voz de Bethania. E eu parei o que tava fazendo pra procurar a dita da música digitando algumas palavras e o nome da cantora. Tava lá, exatamente a música (clica aqui pra ouvir também). Ouvi duas vezes chorando de soluçar. Enviei pro Jota, que chegaria em casa um pouco depois de eu sair.
Agradeci meu anjinho. E, também não sei porque, à São Francisco. Nesse momento, uma borboleta entrou na sala. Passou por mim e pouso do meu lado. Ficou um tempo ali. Os gatos viram ela, mas nem se atreveram a chegar perto (normalmente eles voam pra pegar borboletas e trucidam em dois segundos). Agradeci novamente, enxuguei as lágrimas e saí pra dar minha aula, com a leveza de quem tem a certeza de que tudo vai dar certo.
Os mais céticos vão dizer que tudo isso é um monte de coincidências. E, sabe, pode até ser que seja. Mas são coincidências que para mim fizeram algum sentido. E, sendo coincidência ou crença, o que importa é o sentido que a gente dá pras coisas. E eu sinto que esse Francisco que está chegando vem pra dizer pra gente que vai ficar tudo bem. Como dizia Francisco, o Santo, onde há amor, não há temor.
Até mais!
Bjs