segunda-feira, 29 de junho de 2015
Debate aberto: frio ou calor?
Por aqui tudo certo. Estou fazendo um curso que exige leitura e presença, então, tá explicada a minha ausência aqui né?
Mas hoje passei pra fazer um convite especial: amanhã, a partir das 16:30 vai ter Debate Aberto, no Diversidade na Rua com o tema "terapia de frio e de calor". Todo mundo tá convidado a participar, compartilhar suas experiências como paciente, profissional ou curioso. Se você já usou bolsa de gelo, bolsa de água quente, pra resolver um perrengue e ajudou, passa lá e nos conta!
Quer entender melhor o tema? Clica AQUI!
E não esqueçam, amanhã, as 16:30. Eu vou participar!!!
Até mais!
Bjs
terça-feira, 30 de julho de 2013
E a medicação oral?
Oi gentes, blz?
Vocês sabem o quanto os tratamentos de EM podem ser dolorosos, penosos, custosos, etc. E essa coisa de ficar se aplicando injeção todos os dias, três vezes ou uma vez por semana é complicado. Ir uma vez por mês no hospital tomar a infusão também. Durante muito tempo o que todo portador de EM queria? Uma medicação simples, via oral, que pode-se tomar em casa.
Pois bem, agora nós já temos no mercado uma medicação via oral e logo logo entrará pelo menos mais um remédio via oral, segundo apontam as pesquisas. Por enquanto, o que temos é o Gilenya (fingolimod), que apesar de ter esse nome de pomada ginecológica, é um remédio desenvolvido para Esclerose Múltipla e que já foi aprovado pela Anvisa.
Conheço algumas pessoas que já migraram para essa terapia e outras que vão começar com esse remédio como primeira opção de tratamento. E aí você pode se perguntar: mas Bruna, porque você não toma também? Porque não trocam a medicação de todos os pacientes de EM pra esse comprimidinho?
Porque as coisas não são tão simples assim.
Primeiro porque o que funciona pra uma pessoa pode não funcionar pra outra. Segundo, porque o meu interferon está fazendo efeito e é uma medicação um pouco mais "fraca" que o Gilenya. Tenho medo de ir pra uma terapia mais forte, não dar certo e aí não ter mais o que tomar sabe?
É como quando eu tenho uma febre...não tomo de cara uma dipirona em alta dose, começo com um paracetamolzinho de leve. Posso estar errada pensando assim, mas eu não quero gastar bala de canhão pra matar barata. Ainda mais agora que o Avonex tá mostrando eficácia e não tem mais tantos efeitos colaterais.
Bom, mas pensando nas minhas dúvidas e nas dúvidas de quem tá pensando em tomar o Gilenya, enviei algumas perguntas pra Novartis, que foram gentilmente respondidas pelo Dr. Otávio Soares, Gerente Médico de Neurociências - Divisão Farmacêutica da Novartis Brasil. E agora eu coloco aqui pra vocês. Espero que ajude na escolha de tratamento:
Muito obrigada Dr. Otávio Soares por responder minhas dúvidas e ao pessoal da área de comunicação da Novartis, sempre super queridos aqui com a gente!
Pra quem gosta de ler sobre tratamentos, achei duas publicações esclarecedoras:
1. http://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Manual-de-recomenda%C3%A7%C3%B5es-da-ABN-em-Esclerose-M%C3%BAltipla-2012.pdf
2. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_esclerose_multipla_livro_2010.pdf
Espero que todos esses tratamentos funcionem!
Ah, e se você está tomando Gilenya, por favor, compartilhe aí nos comentários como está sendo o tratamento.
Até mais!
Bjs
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Videogame?

Há algum tempo pensei em comprar um Wii. Sabe, aquele videogame que simula yoga, tênis e outros jogos mais, e que pra jogar você precisa movimentar o corpo de verdade? Esse mesmo.
Não comprei porque não tenho grana sobrando pra isso. E porque não sou tão louca por videogame e tal.
Primeiro pensei em comprar porque quando eu jogava Atari, ia junto com o controle do videogame pro lado em que eu queria que os personagens fossem. Acho que todo mundo faz disso. E o outro motivo, é que pensei que podia ajudar a me movimentar mais, já que eu não estava tão bem quanto estou hoje em dia, que consigo caminhar bastante e tal.
Desisti da idéia do Wii. Pois não é que hoje, lendo o blog do Gang da EM, descobri que o Wii está sendo usado com finalidade terapêutica pra quem tem EM? Fora de brincadeira.
Como os jogos do Wii são sensíveis ao movimento do corpo, está sendo usado para que os esclerosados "re-ensinem" o cérebro a fazer movimentos básicos do dia a dia. Achei fantástica a idéia. Reabilitação com diversão!
Claro, não é só ir lá e comprar o joguinho. O pessoal que tá usando o Wii para reabilitação está sendo assistido por fisioterapeutas, até pra não se lesionarem, entrar em fadiga, etc. Mas que a idéia é boa... ah, isso é!
Talvez eu compre um joguinho desses uma hora qualquer.
Matéria completa com vídeo: http://gangem.blogspot.com/2010/10/jogos-da-wii-permitem-melhorar.html
Ah, e uma ótima notícia (pelo menos pra mim): fui buscar o resultado da minha ressonância e está escrito lá que está tudo normal, comparando com a ressonância do ano passado. Isso quer dizer que fiquei um ano inteirinho sem surto nenhum, nenhum, nenhum. Imaginem o tamanho da minha felicidade!!!!
Até mais!
Bjs
sábado, 1 de agosto de 2009
Boca suja não, terapia.

E esse frio que não vai embora hein? Pois é...ele continua por aqui e eu continuo sendo a "Maria das Dores". Mas descobri um remédio sensacional para a dor: falar palavrão.
Não sou nenhuma boca suja, que vive falando qualquer tipo de merda, mas, quem não gostar, foda-se...hehehe
Mas pensem bem, quando você "deixa" o dedo mindinho no sofá, ou bate com a canela na quina da mesa, você grita, "que dia lindo!" ou "puta que o pariu"? Eu sempre fico com o segundo. Com variações para filho da puta, puta merda e outros mais "pesados" para serem ditos aqui.
Aí você deve estar pensando: essa maluca esclerosada tá inventando história.Não tô não.Veja só a notícia que saiu no site da BBC há uns dias atrás:
"Falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física, segundo um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport. No estudo, liderado pelo psicólogo Richard Stephens, 64 voluntários colocaram suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles. Em seguida, os mesmos voluntários deveriam repetir a experiência, mas em vez de dizer palavrões, deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa. Enquanto falavam palavrões, os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. Seu relato também demonstrou que eles sentiram menos dor enquanto falavam palavrões. O batimento cardíaco dos voluntários também foi medido durante a experiência e se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões. Os cientistas acreditam que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor. Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor. O que está claro é que falar palavrões provoca não apenas uma resposta emocional, mas também uma resposta física, o que pode explicar por que a prática de falar palavrões existe há séculos e persiste até hoje, afirma o estudo."
(A prática de) Falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal", diz Stephens. "Ela mexe com o centro emocional do cérebro e parece crescer no lado direito do cérebro, enquanto que a maior parte da produção linguística ocorre do lado esquerdo. Nossa pesquisa mostra uma razão potencial para o surgimento dos palavrões, e porque eles persistem até hoje. "Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, mostrou que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho."
Viram só? Além da minha preguiça ter sido ratificada por pesquisa científica (leia aqui ), agora a minha boca suja também foi.
Vai ver que foi por isso que a Dercy Gonçalves viveu tanto tempo...
Claro, não vão sair falando palavrão pela rua, na frente do chefe só porque estão com dor né.
Mas quando você falar um puta nome feio em casa e alguém mandar você lavar a boca com sabão você diz que apenas está seguindo "ordens médicas".
Até amanhã!
Bjs
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Rápido, objetivo e de emergência

Já se torraram o saco de notícia de acidentes aéreos? Vou falar só mais um pouquinho sobre eles, pra introduzir meu tema psicológico de hoje.
Dizem que quando há um acidente aéreo, você pode esperar que vem mais 2. Sim, eles vem em trio. E a prova tá aí, ontem foi o terceiro.
Além de constatar que bateu a miudinha (a coisa tá feia) na França (foi tudo com avião francês, ou com francês dentro), ficamos vendo na tv e nos jornais as famílias das vítimas sofrendo com as suas perdas.
Descobri que existe no Brasil um instituto de psicologia que atende os parentes das vítimas. Como descobri? Com a nova psicóloga que chegou aqui na cidade e me ajudou a perder um pouco do estereótipo que eu tinha de psicólogos.
Como já contei aqui , minhas experiências com psicólogos não foram muito boas. Porque? Porque o meu problema, quando eu procurava psicólogos, se referiam ao meu diagnóstico, a eu ter de me adaptar e me habituar a essa nova situação. Daí eu chegava lá e o psicólogo começava a perguntar da minha infância e blablabla. Pô, minha infância foi ótima, vamos voltar ao meu problema? Daí vinham eles querendo saber da minha relação com a família. Pronto, daí não voltava mais, porque se a terapia ia começar com a história do meu parto, até eu chegar ao ponto que eu queria, a Esclerose Múltipla, eu ia ter gastado todas as economias da família e já estaria com o dobro de idade. Por isso desisti.
Mas, há algumas semanas, a nova psicóloga da clínica do meu papi e da minha mami me ligou pedindo se eu fazia um material de divulgação pra ela, porque o trabalho dela era diferenciado e novo aqui.
Pensei: ebaaaa! trabalho! uhuuuu!
E fui lá!
Ela foi me contando tudo o que já fez (e foi muita coisa gentes) e nisso citou o Grupo IPÊ - Intervenções Psicológicas em Emergências (dá uma olhada aqui sobre o trabalho deles), criado para atender as famílias de vítimas de acidentes aéreos, lá no primeiro acidente da TAM.
A especialidade dela é psicologia hospitalar e do luto. Ou seja, se você tá lá no hospital e tem que ser amputado por causa dum acidente, ela vai lá e tenta "resolver" com você essa nova situação na sua vida, as mudanças que isso traz, suas perdas de auto estima, etc.
Com o luto (outra especialidade dela), acontece a mesma coisa. A pessoa que perdeu um ente querido não quer fazer terapia da sua vida, ela quer resolver o problema atual: a perda.
Para isso, a Magali (a psicóloga) usa um tipo de psicologia que se chama Psicologia Breve de Apoio. No folder dela eu resumi o que é essa psicologia assim:
"A Psicoterapia Breve é uma abordagem psicoterapêutica que trabalha em cima de objetivos definidos e estabelece um foco. Os objetivos terapêuticos estão ligados à necessidade imediata do indivíduo, à superação dos sintomas e a problemas atuais da realidade. O enfrentamento de situações de conflito, a aquisição da consciência da enfermidade e a recuperação da auto-estima são objetivos a serem alcançados pelo terapeuta e pelo paciente.Na psicologia breve os encontros terapêuticos ocorrem, em média de 6 a 20 sessões."
Massa né? Eu achei o máximo! Porque diabos ninguém fez isso comigo quando eu precisei?
Então gentes, se você foi diagnosticado há pouco, ou tá passando por um problema pontual atualmente, procure um psicólogo que trabalha com esse tipo de terapia. Eu recomendo!
Depois, se você quiser deitar num divã, gastar rios de dinheiro e de tempo contando sua vida (eu sei que isso funciona pra algumas pessoas, e fico feliz que funcione), pelo menos seu problema de urgência estará resolvido na sua cabeça.
Problema psicológico todo mundo tem de alguma forma. Mas na hora de uma emergência, por um acidente digamos, você precisa duma ambulância rápida e dum pronto-socorro, ou você vai prum consultório médico e espera 2 horas para ser atendido?
Sei que deve tá cheiiiiiinho de psicólogos dizendo que isso não é terapia e blablabla. Mas acho que isso acontece por ser um tipo de terapia relativamente nova, e, como tudo que é novo, assombra, assusta e repele.
Espero que essas informações tenham sido úteis pra vocês. Eu fiquei muito feliz em conhecer essa forma de psicoterapia.
Ah, e por precaução e falta de bufunfa, não vou à Paris nesse findi...hehehe
Até amanhã!
Bjs
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Acreditem nas crianças

Um dos grandes problemas de ter diagnóstico na adolescência é que as vezes, nem os médicos acreditam na gente. Quando eu tinha uns 15 ou 16 anos fui num médico, que admiro e respeito (hoje) mas já odiei de morte porque ele não acreditou em mim.
Aconteceu o seguinte, ouvimos falar de um grupo de pesquisa em EM na PUC, e fomos procurar o médico responsável. Marquei consulta e fui lá. Ele desconfiou que não fosse EM e sim deficiência de vitamina b12. Fizemos todos os exames, me viraram do avesso e constataram que minhas vitaminas estavam todas muito bem organizadas.
A única coisa que eu tinha era uma ressonância com 3 lesões e todos os sintomas de um esclerosado. Ele chegou a conclusão nenhuma, mas me deu interferon, porque, na cabecinha dele eu tava caçando sarna pra me coçar. Claro né, todo mundo quer ter uma doença e tomar um medicamento injetável todos os dias (dããã).
O doutor (com doutorado) não acreditou em mim. Ele fazia e refazia os testes pra ver se eu "parava de fingir" o que eu tava sentindo. Sei lá, achou que era coisa de criança problemática que inventa doença. Eu fiquei tão braba aquela vez. E olha que até eu tenho medo de me ver braba.
Pois é, essa foi minha péssima experiência com ele. Voltei pro meu médico, de onde nunca devia ter saído. Por isso eu digo gente: acreditem nas crianças (adolescentes). Até porque a criança cresce e pode contar pra todo mundo na internet sobre o que você fez...hehehehe
Até amanhã!
Bjs
domingo, 24 de maio de 2009
O cafézinho nosso de cada dia

Já falei aqui pra vocês sobre dietas (se você não leu, clique aqui). E como vocês puderam ver, a cafeína está suuuper presente no meu dia a dia. Hoje é o dia de homenagear essa bebida sagrada: o Café. Porque? Porque hoje comemora-se o Dia Nacional do Café.
Nunca perguntei pro meu médico se podia ou não podia tomar café. Mas como ele também nunca falou nada, continuo tomando sempre. Uma época tentei parar com a cafeína por causa do sono e tal. A única coisa que me deu foi dor de cabeça, de abstinência mesmo. É um vício, eu admito, mas eu aaaaamo um café pretinho.
Há quem condene o café, a quem o coloque num pedestal, e há quem apenas goste e tome (como eu). Mas como vivem falando mal dessa querida bebida, a gente fica com o pé atrás às vezes né. Acontece que, no ano passado consegui minha absolvição: uma pesquisa dizia que a cafeína poderia impedir a progressão da esclerose múltipla.
A pesquisa que fizeram era com ratos (quase igual ser humano né?), e os ratos que tomavam altas doses de cafeína não desenvolviam a doença equivalente à esclerose nos ratos. Saiu sobre isso por volta de julho de 2008 (o Google deve saber muito sobre o assunto), mas lógico, teriam que ser feitas muuuuitas outras pesquisas para se comprovar a validade disso em humanos.
Não sei não, mas vai que esse troço funcione?
Se você não gosta de café, ou não toma por algum motivo, continue assim. Mas se você é como eu, movido à cafeína, que toma umas 4 canecas diárias, não sinta-se culpado. Da próxima vez que te falarem: "Para de tomar isso aí guria que vai te fazer mal"; você diz: "Não se preocupa tiazinha, é minha terapia!". Hehehe
O café tem diversas propriedades terapêuticas, mas antes de dizer que a Bruna disse que fazia bem, ou que a wikipedia falou que era bom, consulte seu médico. Não quero ser responsável pelo "piripaque" de ninguém.
Mas podem me convidar prum café, que eu vou.
Até amanhã!
Bjs
Para se divertir: vejam esse vídeo sobre "os efeitos do café", é de uma banda francesa e o clipe é divertidíssimo: http://www.youtube.com/watch?v=gTZUiiEzegs
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Ano Novo Astral


quarta-feira, 13 de maio de 2009
Vudu? Não, é só acupuntura...



quarta-feira, 29 de abril de 2009
No Divã - parte 2

Continuando o papo de ontem, vou contar minha experiência com psiquiatras.
Mais da metade da população ainda tem preconceito com psiquiatra porque é "médico de louco". Mas quem é normal?
Bom, não sei o que é viver sem a "diferença" presente em casa, afinal, quando eu nasci a minha irmã já estava "agitando" por aqui. E por isso, sempre frequentei salas de espera de psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, pedagogos, etc. (Para quem não sabe, minha irmã mais velha tem deficiência mental, uma "mistura" de autismo com esquizofrenia, se é que isso pode existir).
Quando tive o diagnóstico fiquei meio "down", e meu neurologista me deu uma "boletinha da felicidade", a tal da fluoxetina. O problema foi que passei a pesar 15kg a menos do que peso hoje.
Aí, resolvi ir no psiquiatra (que é o mesmo que vou até hoje). Além de meu psiquiatra, o coitado é meu vizinho, então, quando preciso de socorro, aperto o interfone.
Fiz terapia por um tempo e passei a tomar um antidepressivo tricíclico (Bupropiona), dessa vez para amenizar as dores neuropáticas (não sabe o que é? Leia aqui ).
Buenas, minha experiência psiquiátrica não pára aí.
Há uns 5 anos minha irmã teve uma crise forte de qualquer coisa (depressão talvez), mas com a deficiência dela a coisa foi piorando. Não dormia, não comia, ficou agressiva e todos na casa estavam precisando dum psiquiatra. Como passamos por essa? Hospital psiquiátrico. Taí mais um lugar que todo mundo tem preconceito, e até nós aqui de casa tínhamos e por isso sofremos por mais tempo.
A mãe ficou com a mana 1 mês na Clínica Pinel, em Porto Alegre. Santo lugar! Graças ao tratamento deles ganhamos a Renata de volta. Nesse tempo, voltei a fazer terapia, porque meus amigos, foi difícil. Confesso que "bloqueei" boa parte dessa experiência. Quando conto, sinto como se tivesse contando a história de outra pessoa e não minha.
Foi aí que parei com o psiquiatra? Quase.
Papai resolveu sair de casa, ser solteiro, sei lá (não vou expor aqui minhas opiniões sobre esse caso). Mas enfim, foi outro período difícil que culminou com os meus trabalhos de conclusão de curso da faculdade. Mais uma vez, voltei à terapia.
No que a terapia me ajudou? Lá eu posso contar o que quero, reclamar, chorar e ter a visão de uma pessoa que eu confio (o médico, no caso). Tenho a liberdade de falar com a minha

Agora faz tempo que não apareço por lá. Mas caso precise, não penso duas vezes antes de ir. E se for preciso algum dia (espero que não), vou pra Pinel sem pensar também. Pra que ficar sofrendo em casa se a solução está tão perto?
Terapia com psiquiatra: Aprovado!
Amanhã conto pra vocês de que forma a religião e a fé está presente na minha vida.
Até amanhã!
Bjs
terça-feira, 28 de abril de 2009
No Divã - parte 1

domingo, 5 de abril de 2009
"Partilhar narrativas é partilhar a nossa condição humana" - Moacyr Scliar

segunda-feira, 23 de março de 2009
Pra não dizer que não falei das flores...


quarta-feira, 11 de março de 2009
Bem-vindos à minha vida!

Oi gente, tudo bem com vocês?
Depois de muito pensar, resolvi montar esse blog contando
histórias do meu dia a dia, minhas frustrações e felicidades como portadora de Esclerose Múltipla.
Penso em assim ajudar todas as pessoas que têm essa doença e que muitas vezes sentem-se perdidos.
Acho que hoje já estou preparada para falar da minha doença, minhas dores, minhas dificuldades com maturidade, aceitando o meu "destino".
Vou escrever um texto por dia, e gostaria muito da contribuição de vocês portadores de EM ou não, para que esse blog seja rico em informações úteis para o nosso cotidiano.
Além da minha vida, quero dividir com vocês as pesquisas feitas no mundo todo sobre EM, nossos direitos, tratamentos, terapias alternativas, etc.
Por hoje era isso.
Espero vocês aqui amanhã.
Bjs!