terça-feira, 19 de maio de 2009

Sinta-se útil!

Oi gente, blz?
Como vocês já devem ter percebido, eu vejo muita televisão. Dizem que a TV emburrece, mas como não consigo estudar em silêncio, deixo ela ligada e quando algo me chama atenção eu paro para ver.
Há poucos minutos fiquei chocada que nem ovo com uma notícia no Jornal Hoje: "Doações para vítimas das enchentes em SC foram encontradas com um microempresário do estado ". Dá pra acreditar?
No ano passado vimos nos jornais o sofrimento de quem perdia tudo em SC e agora vemos o mesmo acontecer no nordeste. Fiquei chocada em saber que pessoas conseguem se aproveitar da desgraça alheia dessa forma. Parece que o tiozinho que está com dois galpões cheios de doações, vende as peças por 1 real.
De uma forma meio mórbida, nos sentimos felizes porque a desgraça está acontecendo com os outros e não conosco. Para compensar esse sentimento, doamos aquilo que essas pessoas necessitam para reconstruir suas vidas e que não irão fazer-nos falta. E agora, quem doou está com medo de doar e de ser tudo desviado também.
É muito triste uma coisa dessas acontecer. Mas ainda assim acredito que existam pessoas trabalhando de forma séria para ajudar essa gente. E se aquilo que eu estou doando for desviado, a minha parte foi feita.
Daí fiquei pensando também no quanto a gente se sente bem fazendo o bem aos outros. Já fiz diversos trabalhos voluntários, e, apesar de não ganhar dinheiro, ganhei experiências de vida e amizades que são pra vida toda.
Sei que muitos portadores de EM estão aposentados de suas profissões porque a esclerose impede que suas atividades profissionais sejam desempenhadas. Mas nada nos impede de doar um tempo, de doar amor, de doar um pouco do conhecimento que temos.
Uma das coisas que mais ajudam o portador da EM a se "recuperar" é sentir-se útil. E ser útil não é só sair de casa e trabalhar por dinheiro. Ser útil é também dar carinho, amor, tempo. Porque às vezes, o que falta pro outro é apenas um sorriso seu.
Quando eu cuidei de crianças portadoras de HIV, antes de eu ter EM, aprendi muito sobre o que é viver com uma doença (e uma bem pior que EM).
Quando trabalhei numa biblioteca espírita, ganhei um monte de vovózinhas, e amigos também. Fora as grandes histórias que escutei e que li neste trabalho.
Por isso, quando você estiver aí parado, se sentindo uma ameba no sofá de casa. Pense que tem gente por aí precisando de você, da sua força, do seu sorriso. Ao dar força aos outros, você estará se fortificando ainda mais.
Até amanhã!
Bjs

4 comentários:

  1. É verdade Bruna, pessoas mal intencionadas tem em todos os lugares, mas isso não diminui a importancia daqueles que querem ajudar, dos que tem vontade de mudar! A gente tem que acreditar e principalmente se mexer!! bjss

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  2. Isso mesmo meninas. Não podemos nunca perder a fé. Ainda existem pessoas boas e bem intencionadas nesse mundo. A gente tem que fazer nossa parte...
    E vc disse tudo Bruna. A gente que tem EM sente muita necessidade em ser útil, até pq muitas vezes as pessoas, mesmo as mais próximas de nós, acham que não podemos fazer mais nada, que não temos capacidade para realizar nenhum tipo de trabalho. E vou falar uma coisa, isso dói e dói mto. Se sentir um "pacote" (como diz uma amiga minha) na vida dos outros não é nada fácil. Por isso, mesmo que não possa trabalhar, andar, falar, podemos dar um sorriso, fazer uma oração, ter pensamentos positivos. Existem várias maneiras de ser útil.
    O trabalho voluntário é o mais gratificante que existe. Um sorriso, um abraço, um mto obrigado valem mais que qq coisa nessa vida.
    Mais uma vez, PARABÉNS Bruna! Acertou em cheio...

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  3. Amei a expressão "Pacote". É bem isso que a gente sente mesmo. Vou pedir licença para utilizar ela em posts.
    Bjs

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  4. Está concedida a licença..... Sei que ela não vai se importar não. rsrsrs
    Bjos!

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