quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pequena explosão

Oi amigos, tudo bem?
Tô puta da vida hoje. Desculpem queridos, a culpa não é de vocês, mas preciso "explodir" um pouco.
É incrível como tem gente pessimista nesse mundo. Mais incrível ainda é o tanto de gente que além de ser pessimista, coloca defeito na felicidade dos outros. No caso, na minha.
Sim, estou explodindo de felicidade. Morram de inveja! Meu trabalho durante os últimos 3 ou 4 anos estão começando a dar frutos. Consegui passar no programa de mestrado que eu queria, vou morar numa cidade que eu gosto e fazer o que eu amo.
Mas sabe né, tem gente que não pode ver a gente feliz e fica cutucando com perguntas que praticamente chamam a gente de burro. Tipo: e como tu vai se manter lá? Porque se mudar pra lá? Porque que a tua mãe vai junto? Tu não se vira sozinha? Dá vontade de responder: Vou me manter de amor. E pensando bem, seria melhor ir e voltar pra Porto Alegre todos os dias, seriam só 8h do dia no ônibus. E pra que mãe né? Os conselhos e a amizade dela não fariam falta. E claro, estou obrigando ela a ir junto comigo, porque eu sou meio descordenada e não sei limpar a bunda.
Oras, é lógico que pensei em todas as possibilidade e me organizei pra tudo. Mas não adianta, como sou a menina que sempre morou com a mãe, doentinha, coitadinha, as pessoas pensam que eu não tenho capacidade pra muita coisa não.
Ah, sou mimadinha sim. Graças a Deus. Mas nunca fiquei devendo nada pra ninguém. Sempre trabalhei pra conquistar minhas vitórias e também, meu dinheirinho. Mas quem acredita que a doentinha pode se virar?
Isso me deixa possessa!
Apesar da minha irritação, vi que meu saco de paciência aumentou nos últimos tempos. Afinal, escutei esses comentários e perguntas imbecis e fiquei quieta, olhando pra criatura e pensando: bem se vê que tu não me conhece.
Se eu não tivesse EM, pessoas que parecem tão próximas de mim, provavelmente não fariam comentários tão ridículos. Afinal, hoje em dia, uma mulher de 23 anos pode tudo. Mas a menina doentinha, é de se desconfiar. Parece-me que, quem não tem doença, deficiência ou pereba nenhuma, não precisa provar nada pra ninguém, pode morar onde quiser, com quem quiser e fazer o que quiser. Mas quem é malacabado tem que provar que é capaz e ainda dar satisfação pros outros. Digo isso porque conheço outras gentes com EM que já passou por isso.
Desculpe, mas não sinto que tenho que provar nada pra ninguém. Nem profissionalmente, nem pessoalmente. E desculpe, mas também não devo satisfação ao mundo só porque minha doença me dá um aspecto "frágil".
Não tenho sangue de barata. Isso me irrita profundamente. E pior, sei que não posso me irritar, estressar ou deprimir, senão, corro o risco de ter um surto. Se isso chega a acontecer, além do surto de EM, acho que tenho um surto psicótico junto.
Por isso eu peço, me poupem e me deixem ser feliz!
Pronto, desabafei. Me sinto bem melhor.
Obrigado!
Não deixem ninguém dizer pra você que você não consegue. Só quem sabe até onde você pode ir, é você. E eu acredito que nós podemos ir aonde quisermos.
Até amanhã!
Bjs

5 comentários:

  1. Bruna,com certeza podemos ir onde queremos.
    Sucesso no mestrado!

    Abraço.

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  2. hauhauhau, não fica brava comigo, mas ao msm tempo q seu desabafo foi sério e verdadeiro, tb ficou engraçado, pela maneira q vc colocou!!! Sempre vai ter alguem qrendo nos colocar pra baixo, independente do q vc estiver fazendo, pois e justamente isso q encomoda algumas pessoas, vc estar vivendooo, produzindo...
    Espero que eu n tenha feito um comentário ou pergunta infeliz, uma vez q eu falo dmais, e pergunto dmais,...kkkk, de qq forma, é isso ae, não tenho dúvidas q vc pode! bjaoo, ateh sexta

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  3. Você teve semiótica na faculdade (sei que vc, como eu, fez PP)?
    Meu professor dizia: Felicidade demais incomoda o publico, por isso, filme sempre tem momentos inflelizes...
    As pessoas realmente não suportam uma pessoa doente ou com deficiencia conquistando nada. Afinal, evidencia o fracasso delas.
    Elas esquecem que são as adversidades da vida que nos colocam em contato à nossa essência e nos fazem descobrir o quanto somos capazes.
    Pela preguiça delas - que se acham superpoderosas, mas que não tiveram necessidade nenhuma de fazer mais que o básico - nem sempre elas triunfam como acham que deveriam.
    Nós, por outro lado, conhecemos os nossos limites e, por isso mesmo, não temos medo de tentar, de dar o nosso melhor.
    Quantas vezes respondi indagações indignadas de gente que não fala nem o inglês básico como era possivel uma SURDA falar e entender francês, fluentemente? Aprendido sem audição nenhuma? Como?
    Levar a sua mãe junto é ótimo. Aposto que ela está adorando a idéia de mudar de cidade - e embarcando na sua aventura também... Que maravlha que você tem uma mãe companheira. Pena que nem todo mundo tem uma dessas, né?
    Manda beijos enormes pra ela. Outros pra você, bem sonoros e estalados na bochecha.
    Não liga pra gente limitada. Não existe limite pra quem se permite sonhar...

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  4. Paula, a desgraça é engraçada mesmo...hehehe Sexta te conto as novidades.
    Lak, tive semiótica e adorei. Adorei mais ainda o seu comentário de hoje. Que lindo isso que tu escreveu. É a pura verdade. Mil bjs pra vc!

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