terça-feira, 24 de novembro de 2009

"O Poder da Esperança"

Oi amigos, blz?
Tenho hábito de estudar vendo televisão, e ontem, tive uma feliz surpresa assistindo o GNT. Gosto muito do programa Happy Hour, um programa descontraído com temas inteligentes. Ontem, por exemplo, o povo lá do programa discutia sobre acessibilidade. A mentalidade das pessoas não vai mudar duma hora pra outra, mas só de ver que estão discutindo esse tipo de problema na tv, já é um grande avanço.
Um comentário interessante que foi feito no programa é que, pessoas quando vão para a Europa ou EUA dizem que lá tem muito mais deficiente que no Brasil. A verdade é que lá os deficientes podem sair na rua porque tem acessibilidade, que gera independência. Aqui no Brasil os deficientes tem que ficar trancafiados em casa vendo Sessão da Tarde porque não tem acessibilidade.
Mais tarde, enquanto eu estudava e mamãe zapeava, paramos pra ver um filme no Telecine que acho que todos devem ver. O nome do filme é "O Poder da Esperança".
O filme conta a história real de Richard Pimentel. Depois da morte de seu pai e tendo uma mãe com problemas psiquiátricos, Richard descobriu que tinha o dom de falar em público. Já na faculdade, decepcionou-se ao ser rejeitado pelo orientador que escolhera. Com isso alista-se no exército e vai para o Vietnã, de onde volta com deficiência auditiva. Lutando contra essa desvantagem é que sua vida começa a ganhar sentido. Percebe que pode tornar visíveis os deficientes e ajudá-los a se verem como cidadãos válidos. Dando palestras para vários órgãos do governo, sua atuação foi fundamental para a elaboração da "Americans with Disabilities Act" (ADA) de 1990, lei que proibe a discriminação das pessoas portadoras de deficiências. Hoje, o programa "Tilting at Windmils" (algo como lutando com moinhos de vento, uma clara alusão a Dom Quixote) criado por ele é utilizado em diversos países e considerado referência em programas de empregabilidade para pessoas com deficiência.
Aqui no Brasil não sei se tem esse programa, mas conheço a "1 Segundo, Cartilha do conviver", que traz conceitos sociais de interatividade com a pessoa com deficiência. Como sugere o título, é um instrumento imprescindível no seu dia-a-dia, no contato com pessoas com deficiência, seja no ambiente de trabalho ou social. "1 Segundo" Cartilha do Conviver, traz uma série de dicas que podem ser usadas no convívio com todas as pessoas com limitações, de forma geral e também direcionadas a cada um dos tipos de deficiência, individualmente (físicas, visuais, auditivas ou intelectuais). (fonte: http://www.institutoprocidadania.org.br/index.php?pg=51&cd_sec=1)
O filme vale a pena ser visto não só pela história desse homem e a importância de suas atitudes, mas também pelas tiradas cômicas de seu amigo Art, um gênio com paralisia cerebral, que torna-se o melhor amigo de Richard.
Apesar de ser uma história dramática, é um filme bom pra dar risada. Sabe aquela história de "se não fosse trágico seria cômico"? O filme apresenta diversas situações em que a única coisa que se pode fazer é rir da ignorância alheia.
Até amanhã!
Bjs
P.S.: a imagem de hoje é a foto do filme, onde aparecem o Richard, o Art e a namorada do Richard.

8 comentários:

  1. Muito bom o filme, assisti ontem no telecine rsrs...

    Excelente para refletir e ver como nós ainda somos ignorantes.

    Paulo R.

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  2. Dai Bruna. Meu nome é Marcelo e ontem assisti a esse filme também. Penso que o filme é tocante, sensível, profundo e abre para uma abordagem bastante direta para a questão da inclusão. Sou professor e tenho lutado para que todos e todas tenham o direito de estar na escola, pois ela deve ser democrática e para tanto deve oportunizar que todos convivam com todos. Encontrei um belo texto em seu blog para o filve, e tomarei a liberdade de colocar um link no meu blog para essa postagem. Um grande abraço. (marcelotgb@yahoo.com.br)

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  3. Lindo mesmo o filme né?
    Fica a vontade Marcelo pra copiar o que quiser daqui. Seu trabalho como educador é mega importante pra nós, estropiados desse mundão.
    Bjs

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  4. Oi bruna, vou ficar esperando o post sobre aquilo que comentamos num email recente, lembra ??? beijo, Eugenia, de brasilia

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  5. Quem foi o ignorante que criou uma Lei onde os feios não podem aparecer em público?

    Como podemos ser chamados de Humanos quando somos obrigados a aceitar as pessoas diversas quando deveríamos apenas viver em harmonia e o principal quem disse que estamos do lado certo ou errado? feio ou bonito? Eu não gosto nem de denominar aquilo que não é denominado pois para mim não deveria existir essa idiotice de diversidade pois dá margem a aceitar que semos diferentes quando na verdade estamos todos no mesmo barco e o fato é que não estamos preparados ainda para sermos iguais.

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  6. Não tenho informação de que senador propôs essa lei (que não existe mais), mas o congresso americano aprovou na época.
    E na verdade, eu não acredito que somos todos iguais. Estamos todos no mesmo barco, mas graças a deus somos todos diferentes. Porque a beleza de viver está na diversidade. Todos devemos ter os mesmos direitos, como seres humanos diversos e diferentes.

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  7. Olá Bruna, me chamo Nelson e a três dias atrás assisti a esse filme no Telecine. No início achei que fosse apenas mais um desses melodramas americanos repetitivos onde todo mundo já sabe o que acontece no final. No entanto, me surpreendi com a bela lição de vida de "Richard Pimental" que superou toda as adversidades que a vida lhe impôs e conseguiu sucesso profissinal e reconhecimento para os deficientes. O filme me tocou especialmente por que não sou "deficiente" mas vivo reclamando dos problemas da vida, ou seja, não sou deficiente físico ou mental mas sou deficiente em atos. Parabéns pelo seu belo comentário sobre o filme. Abraços!!!

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  8. Beleza Bruna, acabo de ler outro blog onde consta uma crítica tão superficial (nota 5,0) sobre atuações de atores e cenas melodramáticas, etc. Parece que alguns cinéfilos não são capazes de valorizar uma boa mensagem ainda mais quando baseada na existência humana. tenho usado o filme em aula no curso de Ed. especial justamente pela mensagem e admiro outros aspectos.
    Obrigado pela crítica positiva

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