segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independentes dependentes

Oi gentes, blz?
Todo mundo de pijama ainda nesse feriado?
Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro gritava à beira do rio Ipiranga: Independência ou morte!
Isso é o que dizem os livros de história. Histórias da história à parte, essa história de ser independente ou morrer não rola pra nós, seres humanos que vivem em sociedade. Serve só para essa coisa de deixar de ser colônia mesmo.
Pensem bem. Por mais independentes que sejamos, sempre dependemos de outros. No trabalho dependemos dos colegas de equipe. Em casa, dependemos da opinião dos outros para tomar decisões que influenciarão a vida de todos, e assim vai...
Você pode ser independente financeiramente e independente para tomar decisões que dizem respeito à você. Mas todos dependemos da convivência com os outros, do amor, do afeto. Por mais bronco que a pessoa seja, ela depende de um relacionamento.
Relacionamentos de amizades, de amor, de família. Dependemos disso para sermos humanos, para termos sentimentos, para entender o resto do mundo, para não ser infeliz.
A minha opção é sempre pela felicidade. Então, não me importo nem um pouco por ser dependente da companhia de quem eu amo. Provavelmente eu viveria sem a presença deles, mas não sem o sentimento de amá-los e ser amada.
A EM já me deixo bastante dependente fisicamente. Dependendo de ajuda dos outros pra comer, tomar banho, ir no banheiro. Hoje sou independente nesse quesito e me orgulho dessa independência. Mas dependo de amor pra ser feliz. E acho que independência de afeto é morte dos sentimentos.
Hoje, mesmo comemorando uma independência, vamos lembrar que sempre dependemos de alguém ou de algo, assim como alguém depende da gente.
Até amanhã!
Bjs

3 comentários:

  1. É Bruna, concordo com vc. Mas é bem complicado se ver dependente de outros, mesmo daqueles que amamos, pra realizar nossas atividades da vida diária. Hoje, assim como você, eu já me tornei independente pra realizar todas estas tarefas (tomar banho, comer, trocar de roupa...). Mas já houve o tempo que eu dependi bastante da minha família pra isso.
    E mesmo assim ainda dependo pra conseguir superar alguns obstáculos que eu gostaria de superar sozinho, como fazia antes da lesão. Mas a situação nos ensina a conviver com isso. Como diz uma amiga de um blog que eu acompanho: lesão medular é pós-graduação em humildade. E na EM deve ser assim também.
    Bjs

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  2. Eu tenho dificuldade de aceitar depender dos outros, viu? Detesto... Quando muito, peço de absoluta obrigação pra alguém ligar pra algum lugar pra mim, mas não gosto, prefiro resolver tudo por mim mesma...
    Enfim, não classifico amor como dependência, mas como compartilhar. A gente precisa disso, mas ama muito tb.
    Sei lá, deve ser implicância minha com o termo hehehe
    Beijocas

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  3. É Lak, a palavra dependente soa pesada mesmo. Mas eu continuo dependendo de mta gente pra mta coisa...hehehe
    Adorei a história de pós em humildade Ronald. A gente acaba tendo que aprender a depender dos outros pra coisas simples. E a sensação de: "que merda, vou ter que pedir pra alguém" continua sempre.
    Bjsss

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