quinta-feira, 19 de março de 2009

Ser diferente é normal (?)

"Clara não é uma cidadã de 60 anos que só agora tenha conseguido estudar. É uma criança, tem só um ano de idade. E a família dela não é pobre, não. Os pais podem pagar as mensalidades de uma escola particular. O que faz dessa história uma notícia digna de abrir uma edição do Jornal Nacional é o fato de Clara ser uma menina diferente. E já era tempo de o Brasil todo saber que ser diferente é absolutamente normal."

Foi assim que começou o Jornal Nacional (Globo) de ontem. Hoje deve ter uma grande parcela da população brasileira discutindo o assunto e falando: é isso mesmo, as pessoas tem que ajudar na inclusão, e blablabla. É uma pena que a maioria diga isso só hoje e seja hipócrita.
Digo isso não só por mim. Tenho a experiência em casa de ter uma irmã "especial". Fico triste pela família dessa menina de apenas um ano, porque infelizmente, de todas as decepções que terão com a sociedade, essa é uma das menores. São poucas as pessoas que tem "paciência" para atender as pessoas diferentes, seja lá qual for sua diferença.
A falta de aceitação das diferenças (e aqui eu digo todas as diferenças) existe até mesmo dentro das famílias. O mundo não está preparado para o diferente, principalmente o mundo adulto. O diferente incomoda, é estranho, e o mundo ainda não sabe lidar com o que lhe causa estranheza.
Uns não são aceitos por terem uma deficiência, outras por ter uma doença, outros por serem gordos, outros por serem lentos, por ser branco, por ser negro, e até mesmo por ser inteligente. Aí me pergunto, que diabos é ser "normal"?
Se normal é ter saúde e não ter educação, não ter moral, não ter coração; muito obrigado, prefiro ser diferente!
Na verdade, bem na verdade, todos somos únicos e insubstituíveis, não é?
Então, diferente todo mundo é!
Todos temos qualidades e defeitos, facilidades e dificuldades, bondades e maldades dentro de nós.
Falta, ainda, aceitarmos as nossas próprias diferenças, para aceitarmos as diferenças dos outros.

Beijinhos e até amanhã!

Um comentário:

  1. Falando nisso...

    Um bejo para a professora Adejane que me dava aula de matemática no colégio Bom Conselho.

    Lembro que quando tinha lá meus 12 anos ela fazia questão de me zuar todas as aulas porque eu mechia com computadores, na época que Bill Gates mal tinha saido da garagem.

    Um abraço também para as queridas Freiras do mesmo colégio que disseram pra minha mãe que eu tinha problemas e precisava de tratamento psiquiátrico.

    Não preciso dizer as bondosas senhoras estavam erradas, os fatos comprovam pro si só, não era eu que era doente, voçes é que sofrem de uma doença chamada Hipocrisia.

    Bom se eu que me considero "normal" tive esses contra tempos, imagina quem é diferente... é brabo.

    Bjaum abor.

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