Hoje tenho que contar sobre uma amiga minha, e do blog também: a Lakshmi. Não a conheço pessoalmente, moramos há quilometros de distância, mas me sinto muito próxima a ela. Além de termos a mesma profissão e a mesma forma de ver a vida, ela também é matrixiana e tem um blog contando suas aventuras e desventuras como deficiente auditiva.
Imaginem eu chegar aqui no blog um dia e dizer que acharam um meio de curar minha EM, ou de fazer sumir todos os sintomas. Pois é, isso aconteceu no blog dela.
Sou super emotiva, e confesso que chorei de felicidade ao ler sobre o Implante Coclear que ela vai fazer. Não sei explicar direito como funciona, mas visitem o blog da Lak que ela conta tudo sobre o processo de fazer o implante.
A notícia da cirurgia já veio há algum tempo, mas essa é a semana definitiva. Nessa semana nossa amiga vai realizar a tão esperada cirurgia que vai fazer com que ela conheça um mundo novo e volte a escutar vozes e sons de sua infância.
Por isso que contei aqui só essa semana, pra que todos vocês, amigos queridos, leitores, se juntem a mim e a todos os amigos da Lak numa corrente de pensamentos positivos pra que dê tudo certo pra ela.
Conheçam a história dela no blog "Desculpa, não ouvi!". Vale a pena conhecer essa pessoa fenômenal: http://desculpenaoouvi.laklobato.com/
E leiam um pedacinho do que ela contou lá no blog do Jairo (http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/):
"Gostaria de escrever uma história bonita, tipo conto de fadas, mas soaria algo meio neocibernetico e não sei se existe literatura desse tipo. Assim: perdi a audição, dormindo, aos dez anos. Parece romantização de drama, mas não é. Literalmente, fui dormir ouvindo e a minha audição permaneceu assim, adormecida feito a Bela, desde então.
No primeiro ano, meus pais queriam uma resposta. Fomos em dezoito especialistas e, na época, nenhum conseguia dar uma explicação satisfatória - e será que existe algo que satisfaça os pais, para explicar que cortaram as asas de um filho? - apenas um deles disse que havia visto um caso similar e em consequência da caxumba, que eu havia tido alguns dias antes. Ok, essa foi a resposta que eles precisavam, mas confesso que, para mim, não fazia a menor diferença, porque a vida continua e a minha tinha que continuar.
Os anos foram passando e a esperança de ouvir bem de novo um dia, ia diminuindo. Não porque eu não desejasse mais, mas porque, como diz um texto de Marina Colasanti, ‘A gente se acostuma! Mas não devia.’ Ainda que, durante muitos anos, sempre que eu fazia aniversário, quando assoprava as velas do bolo, pedia: ‘Quero a minha audição de volta.’
E tudo bem, a vida seguiu tranquila, porque a deficiência era uma limitação física, mas não pessoal. Estudei e terminei os estudos num colégio tradicional. Fiz faculdade de publicidade e me formei. Aprendi francês, inglês e espanhol. Namorei (muito), noivei, casei. Batalhei para conseguir um bom emprego e mantê-lo. ....
No primeiro ano, meus pais queriam uma resposta. Fomos em dezoito especialistas e, na época, nenhum conseguia dar uma explicação satisfatória - e será que existe algo que satisfaça os pais, para explicar que cortaram as asas de um filho? - apenas um deles disse que havia visto um caso similar e em consequência da caxumba, que eu havia tido alguns dias antes. Ok, essa foi a resposta que eles precisavam, mas confesso que, para mim, não fazia a menor diferença, porque a vida continua e a minha tinha que continuar.
Os anos foram passando e a esperança de ouvir bem de novo um dia, ia diminuindo. Não porque eu não desejasse mais, mas porque, como diz um texto de Marina Colasanti, ‘A gente se acostuma! Mas não devia.’ Ainda que, durante muitos anos, sempre que eu fazia aniversário, quando assoprava as velas do bolo, pedia: ‘Quero a minha audição de volta.’
E tudo bem, a vida seguiu tranquila, porque a deficiência era uma limitação física, mas não pessoal. Estudei e terminei os estudos num colégio tradicional. Fiz faculdade de publicidade e me formei. Aprendi francês, inglês e espanhol. Namorei (muito), noivei, casei. Batalhei para conseguir um bom emprego e mantê-lo. ....
...Quanto a mim, ainda na expectativa da cirurgia, vivo a melhor fase: Aquela de acreditar que todos os sonhos são possíveis. Listo mentalmente todos os sons que gostaria de ouvir. A maioria, são coisas que conheci um dia, nos tempos da inocência da infância, a voz da minha mãe, do meu pai, da minha irmã, as músicas que enchiam os ambientes, naquela época, o barulho da chuva, do mar. Outros, são totais desconhecidos que entrarão na minha vida só agora: a voz do meu marido, do meu irmão, de vários amigos..."
Muito, mas muuuuito boa sorte Lak!
Estamos todos torcendo por você!
Até amanhã!
Bjs
P.S.: Jairo e Lak, "roubei" os textos de vocês na cara dura, sem pedir. Desculpem! Mas foi por uma boa causa...hehehe Bjaum!
Bruuuuuuu que surpresa!! Amei amei amei!! E pode ter certeza que se fosse o inverso, eu faria a mesma homenagem!! Que super!! Mas, teu dia ainda chega, linda!! Pra mim, levou 23 anos, portanto, tenha fé e não desista!!
ResponderExcluirGrande beijo!
Boa sorte Lak!!!
ResponderExcluirEstou daqui, rezando e torcendo mto por vc!!!
Que linda a homenagem Bruninha!!!
Vc é uma pessoa linda mesmo...que coraçãozinho mais cheio de coisas boas, palavras que incentivam sempre!!!
Bjossssss
Tb acho que meu dia chegará Lak. Mas agora, ficaremos torcendo muito por vc!
ResponderExcluirE obrigado Regina, pelas palavras e por torcer junto com a gente pela Lak!
Bjs