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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Doar tempo, doar vida: um ato de amor

Oi gente, blz?
Ontem falei sobre amor, e acho que doar-se é uma forma de amor. Doar tempo, doar carinho, doar um órgão, doar sangue, enfim, doar.
Tenho acompanhado a série "Transplante, o Dom da Vida" aos domingos no Fantástico e me emociono com o sofrimento das pessoas que estão na fila de espera.
Mas hoje não vamos falar sobre ser doador de órgãos não, afinal, só podemos doar nossos órgãos depois de "mortinhos da silva" (com algumas exceções).
Hoje quero convidar vocês a pensar um pouco mais sobre a "doação de saúde" que podemos fazer em vida: sangue e medula óssea.
Eu, infelizmente, não posso doar nem um nem outro, mas faço campanha para que as pessoas saudáveis doem um pouco do seu tempo para ajudar os outros.
Ninguém nessa vida está totalmente seguro de que não vai precisar de sangue ou de um transplante de medula. Nunca se sabe o dia de amanhã, não é mesmo? Acidentes acontecem e a vida é uma caixinha de surpresas.
O Brasil precisa diariamente de 5.500 bolsas de sangue e o transplante de medula óssea é a única esperança de vida para os portadores de leucemia (e outras doenças). Já imaginou quão fantástica deve ser a sensação de salvar uma vida?
Doar sangue ou medula é simples, rápido e não dói.
Para ser um doador de medula óssea você precisa ir a um hemocentro e dizer: "Eu quero ser doador de medula!" Aí você terá que preencher um questionário e tirar 5ml de sangue (da veia do braço, que nem exame de sangue). E pronto, você está cadastrado.
Para doar sangue não é muito diferente. Vá a um hemocentro e diga: "Quero ser doador de sangue". Você preencherá um questionário e se estiver tudo OK (veja aqui se você pode), você deita numa cadeirinha e doa uma bolsa de sangue (450ml). Esse sangue não vai te fazer falta e não dói. (Os marmanjos com medo de agulha que tomem vergonha na cara né). Depois de doar você ainda ganhará um lanchinho. O intervalo entre uma doação e outra deve ser de no mínimo 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.
Tá, aí você vai me dizer: mas gasta um tempão, eu já não tenho muito tempo para descansar, o hemocentro é longe de onde eu moro e mais um monte de coisas.
Pode até tomar um tempo, mas não é uma coisa que se faz todos os dias, nem todo mês. Cadastro para doador de medula óssea é uma vez só na vida. Na hora que a preguiça de ir doar bater, pensem nas milhares de pessoas que precisam de sangue por dia. Pensem nos pais que perdem seus filhos para a leucemia. Pense que você não está livre de precisar desta ajuda amanhã ou depois. Pense nas pessoas que você ama e que podem precisar desta ajuda. Pense mais no outro.
Se você ainda não viu o vídeo "considerações sobre o tempo", assista aqui. O texto da propaganda é o seguinte:
“Cinco segundos caminhando na praia é pouco. Cinco segundo caminhando sobre brasas é muito. Cinco minutos para quem precisa dormir é pouco. Cinco minutos para quem precisa acordar é muito. Um fim de semana de sol é pouco. Um fim de semana de chuva é muito. Um mês de férias é pouco. Um mês sem descanso é muito. Uma vida pra quem doa é muito. Mas uma vida pra quem espera é tudo. Tempo é vida.”

Pense nisso. Doe vida!


Até amanhã!
Bjs

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Ando devagar porque já tive pressa..."

Oi amigos, blz?
Ontem voltou ao ar o Programa do Jô, que eu adoro, e, além disso, ele entrevistou um cara que eu adoro também, o Dr. Dráuzio Varela.Adoro o blog dele, as séries de tv, os documentários e seus livros. Ele é um homem inteligente e gentil, um doce de pessoa.
No último domingo vi no fantástico um pedaço da séria Transplante: o Dom da Vida e me emocionei com aquelas histórias. Pessoas dependendo da morte de outras para sobreviver. Realmente deve ser muito difícil.Mas na entrevista de ontem ele disse uma coisa que eu já pensava antes, que quando nós temos real noção da fragilidade da vida nós mudamos.
Todo mundo sabe que um dia vai morrer, mas entre saber disso e sentir que o corpo não é eterno existe uma grande diferença. Quando se tem uma doença ou se encara a morte de perto, perdemos o "saco" para aguentar as coisas que não nos interessam e damos mais valor àquilo que nos é essencial.
Aquela sede de viver tudo ao mesmo tempo e o máximo de coisas possíveis com medo de perder algo que temos na juventude se transforma em sabedoria para escolher fazer aquilo que nos dá mais prazer. Também não damos muito ouvidos ao que os outros pensam ou dizem sobre o que somos e fazemos. Passa a ser mais importante o que nos deixa feliz e não o que agrada aos outros.
Acredito que de uns tempos para cá tenho feito as coisas com mais calma e apreciando melhor os momentos. Se não dá pra fazer tudo, escolho fazer o que me dá prazer. Dane-se se os outros vão dizer que ir a uma festa em que ninguém se escuta é melhor que ler um livro. Que ficar em casa vendo um filme é coisa de velho. Eu faço o que me dá prazer sempre que posso. Os outros que pensem o que quiserem. O que me importa é no final do dia poder dizer: hoje eu fui feliz!
Dizem que quando se fica mais velho se adquire essa visão. Realmente, há 2 anos atrás eu não pensava assim. Fazia de tudo à exaustão. Creio que o mais velho que dizem não é 22 anos, mas para mim essa visão veio nessa idade. Me dei por conta de que quero aproveitar meu tempo com pessoas que me fazem bem, com gente que me faz rir, fazendo coisas que me acrescentam algo e/ou me dão prazer, por mais bobas que sejam. A verdade é que, como na música, hoje eu "ando devagar porque já tive pressa".

Até amanhã!
Bjs

Dica de livro: Por um fio de Dráuzio Varella

Letra de Música: Tocando em frente - Almir Sater

Ando devagar porque já tive pressa/Levo esse sorriso porque já chorei demais/Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe/Só levo a certeza de que muito pouco eu sei/ Eu nada sei /Conhecer as manhas e as manhãs /O sabor das massas e das maçãs /É preciso amor pra poder pulsar /É preciso paz pra poder sorrir /É preciso a chuva para florir...Todo mundo ama um dia, todo mundo chora /Um dia a gente chega, no outro vai embora /Cada um de nós compõe a sua história /Cada ser em si carrega o dom de ser capaz/ E ser feliz.