terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ajustando as velas...

Oi queridos, tudo bem?
Quase quase acabando o ano... e os prazos... hehehehe.
Então gentes, por conta de eu ter dito que já pensei que poderia ficar numa cadeira de rodas, recebi algumas mensagens do tipo: você deveria ser mais otimista!
E eu acho que todos deveríamos ser mais realistas!
É lógico, óbvio, etc e tal que a gente tem sempre que pensar em ter uma melhor qualidade de vida, ser feliz e tudo o mais. Mas quem foi que disse que viver sobre rodas não é ser feliz?
No meu caso, seria diferente de hoje, eu teria de mudar de casa, teria de comprar algumas brigas por aí e certamente ficaria puta da vida em alguns momentos.
Quando eu tive o diagnóstico de EM (há um zilhão de anos...), entrei na internet e encontrei todo tipo de informação, inclusive, que eu deveria estar morta. A grande maioria dos relatos de pessoas com EM eram de que estavam com o sistema motor bastante danificado. As primeiras pessoas que eu conheci com EM estavam em cadeira, ou com bengalas e com uma marcha beeem prejudicada. Então pensei: bueno, mais um pouco e também vai acontecer isso comigo.
Aí preparei minha alma pra isso. Quer dizer, ia entrar em desespero, estado de choque e tudo o mais nos primeiros momentos (vocês sabem o quanto eu posso ser dramática). Mas eu sempre tive muito claro na minha cabeça tudo o que a EM poderia fazer com meu corpitcho um dia. Aí, quando eu fiquei malzona mesmo, dependendo de mamãe pra limpar o bumbum (que fofo isso...hehehe), tive certeza que a coisa ia degringolar total.
Ainda bem que certezas nem sempre são tão certas assim, correto? Afinal, eu estava completamente errada.
Mas, contudo, entretanto, todavia, eu sabia de todas as possibilidades. E é por isso que, nos dias que eu acordo meio malzinha, eu penso que podia "estar muito pior" (meio Marilak isso... hahahah). Mas também penso que, se fosse necessário andar em cadeira, eu andaria. Assim como eu ando de bengala quando necessário.
E se, para ser mais feliz e sorrir mais vezes fosse necessário mudar de cidade, mudar de profissão, mudar de emprego, mudar de tudo... eu mudaria.
Aliás, o ano tá chegando no fim. A princípio, o que vai mudar é apenas o número no calendário né não?
Mas, talvez seja uma boa época para pensarmos nas mudanças necessárias nas nossas vidas.
Falando sobre otimismo, há alguns dias um amigo postou no face a seguinte frase que eu curti (de verdade, não só no face...): "O pessimista se queixa do vento. O otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas"
Até mais!
Bjs

P.S.: cá entre nós, se eu fosse mais otimista, ia ser até enjoativo... heheheh

P.S.: juro tentar não me ausentar tanto

10 comentários:

  1. Bruna,que bom que tu apareceu por aqui. //\\//\\ te contar; grávida e de cadeira de rodas (andava igual ah um pato manco,sem 1 pata). Menna me conheceu assim. Melhorei. Mas sabes que quase pirei, fazendo uma prova num tempo quente e doido (lá na ulbra),me sinto ruim mesmo,minha pressão art. Cai bastante. Só tenho const. Quinta da semana q vm. Li um post.antigo teu, q tm comentário sobre P.A. Então te questiono,sabes de algo bom, que suba a minha pressão? Bj (te trato como médik,né).

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  2. Oi Bruna.
    Lendo seu poste me identifiquei muito. Meu caso é outro, os nervos e raízes foram danificados numa das cirugias de limpesa por causa de uma infecção (sepse), enfim fiz uma cirurgia (artrodese coluna lombar) fui para casa andando e feliz e depois de poucos dias não aguentando mais as dores voltei ao hospital e começou minha saga.
    Dentro de tres anos andei de bengala, muletas e agora cadeira. Pra dizer a verdade hoje vejo que ir para a cadeira foi a melhor coisa que aconteceu. Podem achar loucura mas ela dá uma liberdade indescretível. Lógico que melhor é ser andante mas entre bengala, muleta e cadeira a melhor é a cadeira.
    As pessoas precisam aprender a ver a cadeira não como uma limitação e sim como liberdade e autonomia para quem a usa.
    Brigas vai ter mesmo, isso é fato, afinal a sociedade não esta preparada para nós. A parte mais chata é quando vamos a casa de amigos e parentes que mal cabe a cadeira,kkk , isso deixa eles bem sem graça e é nos que devemos ter bom humor para não deixar a situação virar constrangimento absoluto.
    Beijinhos e fique com Deus.

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  3. Cadeiras de rodas não me assustam, ja usei em alguns surtos e sou camaleoa, me adapto com facilidade as situações mais adversas desde que ocorram comigo.
    Se for com minmha mãe ou meu irmão eu desabo.
    O que me preocupa em vir a ser uma cadeirante é que não sei se suportaria ver o sofrimento de minha mãe, ela tem idade e não quero que passe por isso, ela já sofreu muito na vida. E meu irmão também sofreria muito...
    E tem outra... Nosso apertamento é muito pequeno, um sempre tem que parar para o outro passar, imagine uma cadeira de rodas no meio...kkkkkkk... Sem chance de entrar uma cadeira no banheiro e mesmo que entrasse não chegaria ao vaso, nem ao box... complicado. É tipo lavabo. E não teria como mudar de ap.
    É isso que eu temo. Mas se tiver que usar, tudo bem... seja o que Deus quizer!
    Beijos com carinho!!!
    Neyra.
    Paz e Luz.

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  4. Sheron, eu sempre tive pressão baixa, e no verão, só piora né... Sabe o que eu descobri? O milagre da azeitona... hehehe.
    Porque chá preto e café não adiantam muito, mas o sal é uma maravilha. Como a azeitona em conserva é cheeeeia de sal, sempre tenho um vidrinho de azeitona por perto no verão. Pergunta pro médico se pode e me conta aqui depois ;-)

    E sobre a cadeira, quando necessário, ela não prende ninguém, pelo contrário, ela liberta, não acha? Porque se você precisa dela, ela vai trazer independência e autonomia, e não o contrário.
    Neyra, o sofrimento da tua mamis e do mano em te ver numa cadeira, é só uma questão de acostumar o olhar... agora, a do espaço em casa é mais difícil :-P Aqui em casa eu não conseguiria passar da porta... heheheh
    Bjs

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  5. me add, descobri ontem que tenho EM, e quero descobrir mais sobre oq é essa donença, brigadão. eduardo_y29@hotmail.com

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  6. Oi Bruna, tem algum tempo que visito o blog, estou achando o máximo alias, me encorajou a montar o meu. Adorei seu post e me identifiquei. Estou dependendo até para limpar o bumbum, tenho esperança e me esforço par mudar a situação mas sem deixar de encarar a realidade. Procuro viver cada dia, vencendo obstáculos, comemorando pequenas enormes vitórias e porque não enfrentando e encarando de frente as derrotas que é absolutamente na vida de qualquer ser humano com EM ou não.

    Convido a vc e a todos que lerem esta post. visitar meu blog, ainda estou pegando o jeito mas tai:

    http://quemsoueualemdaesclerosemultipla.blogspot.com/

    Bjs. Sandra

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  7. Oi Bruna,
    Adorei o seu post. Eu acredito que sou como os realistas e procuro sempre me adaptar às mais diversas situações, mas é lógico que tem horas em que isso é bem difícil... Dá um medo danado de pensar em uma vida com ainda mais limitações. É um desafio novo a cada dia... Acho que essa mudança de calendário é realmente uma mudança de dígitos, mas é bom para avaliarmos coisas da nossa vida, porque às vezes tenho a sensação de que nunca pararmos para fazer isso, e acho que é importante refletirmos sobre a vida.
    Bjs

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  8. Fui a uma palestra do Aldo Novak, coach empresarial, e ele falou sobre a mudança de rumos. Disse que aviões e navios, embora tenham um destino fixado a princípio, passam o tempo todo tendo os rumos ajustados pelos seus capitães ou comandantes o tempo todo para chegar ao destino final. Exemplificou assim para fazer uma analogia com a vida: estabelecemos uma meta e onde queremos chegar, mas devemos alterar a toda hora o rumo, para ajustar a rota e chegarmos onde havíamos estabelecido. A alteração do calendário é uma boa oportunidade para fazer os ajustes necessários. Bjs, Tiago Rodrigo

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  9. Oi Bruna, li suas postagens e desconfio que possa estar com o problema, sinto muitas dores e elas pioraram de meses para ca, meu calcanhar doia de não conseguir levantar direito,ai paasou pelo joelho e braços,como devo proceder, quais os exames a fazer.me oriente.bjus kelly

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