terça-feira, 7 de julho de 2009

Viver enquanto é tempo

Oi amigos, blz?
Hoje não se fala de outra coisa além do funeral do Michael Jackson. Eu não sei, mas ele já deve tá podrinho dentro do caixão e a alma dele deve estar descansando em algum lugar (se em paz, não sei).
A morte tem sido um tema bastante presente nos meios de comunicação nos últimos dias. Claro, todos os dias morrem muitas pessoas, e nascem também outras tantas. Mas quando alguém que nós "conhecemos", como o Michael morre, a morte chega mais perto e passamos a refletir mais sobre ela.
Fiquei pensando, a morte é uma coisa que parece que só vai acontecer com os outros, nunca com a gente. Não gostamos de parar para pensar como será o dia em que nossos pais, filhos, avós, amigos morrerem. Mas isso vai acontecer um dia.
Papai do céu me deu a graça de não "perder" muitas pessoas até hoje. Mas perder a presença física de um amigo, com idade próxima a minha, que fez parte de um tempo importante da minha vida foi um golpe e tanto. Eu sei que tu não lê meu blog aí do céu Consta, mas fica em paz... sentimos muito a sua falta.
A saudade fica para sempre, mas o mais importante é não termos arrependimentos.
Não nos arrependermos por não dizer o quanto amamos as pessoas enquanto elas estão aqui entre nós. Porque a gente nunca sabe o que vai acontecer no próximo minuto.
Nós podemos controlar algumas coisas na vida, como optar por viver bem, por ser feliz com o que se tem, por ter bons relacionamentos, por fazer as coisas com paixão. Mas não podemos controlar até quando vamos viver.
Podemos planejar nosso futuro, colocar metas em nossas vidas, mas não podemos ter a certeza de que cumpriremos os prazos. Eu tenho alguns sonhos e planos, mas sei que, de uma hora pra outra, a EM pode interromper meus planos, pode me "atrasar", pode me fazer mudar de caminhos. Mesmo assim, com a EM eu poderei optar por outras coisas na vida, mas com a morte não acontece o mesmo. Quando alguém que amamos morre, temos de ter a certeza que não deixamos nada passar, que não esquecemos nenhum dia de dizer o quanto essa pessoa é importante para nós, o quanto será difícil viver se um dia ela se for, o quanto a amamos. Quando eu digo dizer o quanto amamos, não digo sobre falar com palavras, mas falar com atos, porque o amor está presente nas nossas atitudes e escolhas.
Desculpa gente por esse tema meio mórbido, mas acho que não é porque temos "medo" dela que não devemos falar sobre. A morte, nesse sentido, é como uma doença: todos sabem que existe, ela está por perto sempre, mas as pessoas negam, até que ela bata a nossa porta e cause dor e desespero. Ela continuará causando dor e tristeza, mas talvez, falando, seja mais fácil de lidar com ela.
Muitas pessoas, ao terem um diagnóstico como de EM (e eu conheço gente assim), deixa de viver, desiste de tudo e morre. Passa a ser apenas um corpo doente ocupando espaço aqui na terra.
Por isso, viva intensamente, não sobreviva. Não veja a vida passar na sua frente sem participar dela. Não deixe as pessoas que você ama não saberem o quanto você as ama. Não deixe de sentir: sinta amor, raiva, alegria, tristeza, dor... mas sinta! Porque enquanto você sentir você está vivo. Emocione-se com as coisas simples e boas da vida. Chore quando estiver triste. Olhe em sua volta e veja quanta coisa boa e bonita você tem. Admire a natureza, cultive plantas, amizades e amores.
Viva enquanto é tempo! Nunca é tarde para se começar a viver!

Até amanhã!
Bjs

P.S.: No exato momento em que estou postando esse texto, o caixão de Michael Jackson está no palco do Staple Center em Los Angeles, com Mariah Carey cantando uma das mais lindas músicas dele: I'll Be There: "Você e eu devemos fazer um pacto, nós devemos trazer a salvação de volta...Onde existe amor, eu estarei lá"

5 comentários:

  1. Bruna... Você, com suas palavras, toca na 'ferida' da gente sem machucar... Desde a partida do Jr (Consta), para mim a morbidez sumiu desse tema, ficando o sinônimo (saudade, nua, crua, cruel). A ausência de pessoas-chave em nossa vida nos desestruturam, forçando a elaboração de uma nova estrutura - mas que fica capenga, malacabada... Beijos e obrigada pela reflexão de hoje!!!

    ResponderExcluir
  2. OI!!

    Gostei da simplicidade e sensibilidade de suas palavras. Elas são um afago para a dor de uma perda. Abraços

    ResponderExcluir
  3. Aproveitando também esse momento... TE AMO, e fico desejando que o tempo que tenho junto aos meus amores seja mto longo, mas tb agradecendo por todo esse tempo que já tive e o que resta seja tao maravilhoso qto o que já passou.... bjs meu amor!

    ResponderExcluir
  4. É Adri, não posso imaginar a dor que vc sente, deve ser como perder um pedacinho da gente. Eu tenho fé de que um dia todos nos encontraremos de novo para matar a saudade.
    Mamãe, tb te amo muito!
    Bjs a todos

    ResponderExcluir
  5. Oi,
    Faz alguns anos que também fui diagnosticada com a sua doença. Para mim tem sido muito difícil, tive muita alteração de memória e força física, dentre outros problemas, mas enfim, quando leio depoimentos como o seu, chego a me sentir culpada por ficar triste...
    Tenho sempre pesquisado por medicamentos e/o tratamentos alternativos, mas até agora nada... Entretanto, me parece que uma medicação oral eficiente está para ser lançada no mercado dentro de um prazo máximo de 3 anos. Se eu souber de mais alguma novidade lhe manterei informada.
    Beijos querida.
    E boa sorte na sua jornada.

    ResponderExcluir

Ajude a construir esse blog, deixe aqui seu comentário, dúvida, críticas e elogios.