quarta-feira, 8 de julho de 2009

Galinha voa?

Oi amigos, blz?
Há alguns dias escrevi uma nota sobre a política em Honduras, e nosso amigo Luis, que vive em Tegucigalpa (nome engraçado né?), fez o seguinte comentário: "...Afortunadamente, tudo está bem com nós, minha mulher como boa brasileira me representou na marcha de apoio ao novo governo. Infelizmente, nao consigo mais estar em passeatas por motivos obvios."
Não quero discutir política por aqui. Deixo a política, a religião e o futebol pra quem gosta de polêmica. Quero chamar atenção à parte que diz que ele não consegue participar de passeatas por motivos óbvios.
Tendo EM fica difícil de caminhar uma quadra, imagina só caminhar um longo caminho e ainda gritando e ficando nervoso (sim, porque política dá um nervosismo, ainda mais na América Latina). Essa história me fez lembrar dum fato ocorrido há quase dois anos comigo.
Como já falei aqui , um dos meus trabalhos de conclusão de curso foi uma campanha de divulgação do GAPEM - Grupo de Apoio à Portadores de Esclerose Múltipla. Para tanto, eu e meus colegas tivemos que conseguir verba, bufunfa, verdinhas para produzir o material. E lá foi a Bruna bater na porta de clínicas da cidade em busca de patrocínio.
Conseguimos vários patrocínios e um deles era da clínica onde eu costumo fazer minhas ressonâncias, a Kozma. Eles foram muito legais, solícitos e tudo mais. A bizarrice aconteceu quando eu fui levar o resultado do projeto pra eles. A criaturinha responsável pelo caso disse mais ou menos isso: Que bom que deu tudo certo. Agora, nós esperamos a ajuda de vocês numa campanha contra o câncer de mama.
Eu disse que lógico que ajudaríamos e perguntei o que era preciso fazer. Pra que fui perguntar?
A dona moça me disse: Não muita coisa. Vamos fazer uma passeata na cidade no dia tal na hora tal. Você só precisam ir lá caminhar com a gente.
Na hora me deu uma vontade de rir. Acho que devo ter dado um sorriso meio irônico. Pedir que um monte de esclerosados participem duma passeata é equivalente a pedir que uma galinha cruze o atlântico voando. Ela até tem asas pra voar, mas quem disse que ela consegue? Meio difícil né.
Expliquei pra ela o porque de não participarmos (sem a história da galinha) e sugeri que ela se informasse um pouco mais sobre aquilo que está patrocinando. Custava ler o nosso folhetinho?
Custava pensar antes de falar?
Queridos amigos, contem comigo nas "causas" de vocês, mas não me convidem pra passeatas. Porque não fazer um evento num lugar apenas? Pra que ficar caminhando?
Tá bom, eu sei que as pessoas tem seus motivos. Mas eu prefiro evitar a fadiga.

Até amanhã!
Bjs


P.S.: Aqui na minha região tem um romaria pra Nossa Senhora Consoladora, em Ibiaçá. Um integrante do grupo vai todos os anos a pé nessa romaria. São mais ou menos 60km. Ou seja, algumas galinhas voam por aí.

3 comentários:

  1. Oi Bruna td bem por aí? Adorei esse post,achei que era só eu que não encarava mais essas coisas.....hehehehehe
    Só a gente sabe o que é se sentir fadigada e quanto tempo leva pra melhorar né????
    Bjão

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  2. Quando li seu artigo, me senti tao bem, sabe porqué? porque voce me entende. Ë, muitas pessoas me perguntam porque nao faco tal coisa... e eu respondo na lata: porque nao posso!. Fica difícil alguém entender que por dentro temos um falso contato na fiacao...
    Beijinhos

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  3. Pois é amigos...deve ser difícil pro resto do mundo entender nossas dores e cansaços. O negócio é fazer como você diz Luis: Não posso!
    E pronto.
    Bjs

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