domingo, 6 de dezembro de 2015

A versão da história da Carlena

Carlena, eu e seu livro "A minha versão da história"
Oi queridos, tudo bem com vocês?
Eu sei...eu sei... fiquei mais de uma semana sem postar. Mas, acreditem, eu tive meus motivos... dentre eles, me organizei pra participar de várias coisas interessantes que virarão posts por aqui.
Por falar em posts, ainda tem uma almofada da Madame Plim Plim esperando ser sorteada!
Bom, durante a semana que passou, fui à Santa Cruz participar e mediar um workshop sobre Deficiência e Beleza, que aconteceu no Laboratório de Inovação Social da Mercur. Como entusiasta e apaixonada pelo Diversidade na Rua, não podia faltar, de jeito nenhum.
Também porque sou fã da Carlena Weber, a linda que foi falar sobre essa questão que é sim, muito importante. E aí entra o assunto do post de hoje, que, ainda não é a nossa linda tarde de conversas, trocas e maquiagens (vai ficar pra semana). Hoje quero falar sobre o livro da Carlena, "A minha versão da história", que li todinho em menos de um dia, de tão bom que é.
Eu adoro ler biografias interessantes. Gosto tanto que minha tese de doutorado tem sido nesses textos autobiográficos internéticos. Gosto tanto que, quando acabar a tese, quero fazer um projeto de pesquisa com os livros de pessoas com deficiência que colocam suas experiências e vidas em palavras publicadas no papel.
O meu tá autografado
Escritora, linda e fotogênica, né não gente?


A Carlena é uma jovem linda em todos os sentidos, e corajosa. Porque é preciso muita coragem e honestidade consigo mesma para escrever sobre experiências tão importantes pra sua formação identitária. Não é fácil relembrar momentos dolorosos, não é fácil admitir alguns sentimentos sem sentir culpa ou vergonha. Não é fácil admitir que a gente é quem a gente é. Não é nada fácil expor-se assim. Mas, ao mesmo tempo, é libertador escrever sobre o que vivemos e sentimos. E é agregador e construtivo contar nossas experiências para que outras pessoas possam aprender, se emocionar, se inspirar, também com elas.
O livro da Carlena é lindo, bem escrito, com um projeto gráfico muito bem desenhado e com histórias impagáveis.
Obrigada Carlena, por ter passado a tarde de sábado comigo. Porque lendo o livro me senti numa conversa contigo, onde tu me contavas tuas histórias e eu ia lembrando das minhas. Revivi muitas coisas minhas lendo as tuas vivências. E isso também foi importante pra eu perceber algumas coisas que preciso resolver ainda aqui dentro de mim.
Obrigada Carlena por ter ido atrás de publicar esse livro, o primeiro de muitos, tenho certeza. Quero ler mais você.
Bom, esumindo muuuuito, a Carlena é uma jovem gaúcha, tetraplégica desde os 21 anos, quando acidentou-se de carro. Não conto mais nada, porque vocês precisam ler o livro também!
Aliás, é um ótimo presente de natal. Pra comprar ele, vocês podem entrar em contato direto com a autora (que luxo hein, encomendar direto de quem escreveu) que ela envia por sedex pra qualquer lugar do mundo. Comprem, leiam, deem de presente. O face da Carlena Weber é: https://www.facebook.com/carlena.weber?fref=ts
Quem não tiver face, me manda um email que eu passo pra ela.
Ah, e conversando com a Carlena sobre EM eu comentei sobre a fadiga e acho que não soube explicar direito como é sentir esse sintoma. Mas no seu livro, quando ela descreve um dia de calor no trabalho, que não tinha ar condicionado, vi que ela sabe exatamente o que é fadiga. A nossa Carlena, piora também com o calor, mas também dá em dia frio, de manhã, de tarde, de noite... e a gente fica daquele jeito, sem conseguir respirar direito, falar direito, se mexer direito e parece que vai perdendo até a consciência.
Eu já era fã dela desde quando vi a exposição de fotos que ela fez com o namorado. Fotos sensuais, pra desmistificar essa coisa que sexo e deficiência não combinam... mas esse tema eu falo mais em janeiro, quando entra no ar nosso vídeo no Qualidade Vivida sobre Sexo e EM. Vamos ter muito assunto pela frente...
Até mais!
Bjs

Em tempo: amanhã tem audiência pública sobre os Direitos das mulheres com deficiência, as 14h, na Assembleia legislativa, em Porto Alegre. Compareçam! Eu vou!

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