Bom, nós voltamos pra Porto Alegre na terça de noite porque na quarta o Jota ia falar num painel sobre Alice no País das Maravilhas... estranho? Já explico!
Em 2015 faz 150 anos que a obra Alice no País das Maravilhas foi editada pela primeira vez. Eu faço parte de um grupo de pesquisa em literatura infantil, coordenado pela minha orientadora, a profa. dra. Rosa Maria Hessel Silveira, que teve a brilhante ideia de fazermos um evento alusivo a essa data na nossa faculdade.
O prazo foi apertado, um mês pra montar exposição e uma programação. Convidamos o Jota para falar sobre a Inglaterra do século XIX, o século de Alice. Resultado, no último mês, aqui em casa, Alice era assunto manhã, tarde e noite...hehehehehe.
Lembrei muito da minha amiga Raquel, que chama a EM dela de Alice, e, no caso dela, Alice é uma velhinha que não a deixa fazer muitas coisas. Também já ouvi falar de uma senhora que escreveu um livro sobre ter EM é como cair na toca do coelho e descobrir um mundo novo. Gosto dessa metáfora.
Analogias à parte, a exposição ficou linda. E, como pensar com Alice é pensar fora da caixinha, adesivamos a escadaria da universidade com alguns dos diálogos geniais do livro de Lewis Carrol. Fico morrendo de orgulho a cada pessoa que entra no saguão da faculdade e acha lindo o que fizemos.
Ah, e não fica por aí, no dia do painel com três palestras sobre Alice na literatura, cinema e história, o palco virou o cenário do Chá do Chapeleiro. Lindo demais!!!!! Mais legal ainda, conviver mais com pessoas tão especiais como as profs. Bela, Leni e Gládis, que fizeram essa lindeza de ambientação.
Escadaria adesivada com diálogos de Alice |
Exposição de exemplares de Alice, banners contando um pouco sobre Alice e, no meio, a Alice do Bonja, criada pelos alunos |
Óia eu no espelho |
No segundo dia de evento, fomos presenteados com três cenas da montagem de Alice no País das Maravilhas do Grupo Signatores, e uma roda de conversa com os atores, diretora, intérpretes de Libras. Ah, sim, o Grupo Signatores, da qual eu já era fã por outros trabalhos, é um grupo de teatro profissional e de pesquisa de surdos. A peça é encenada em libras, com recurso de acessibilidade para ouvinte. Legal né? Foi lindo!!!!!!
Entrar no mundo de Alice é sempre bom. Alice é um clássico e uma obra de gênio.
Por isso, quando a fadiga bater, ou na hora da pulsoterapia, sugiro a leitura completa de Alice no País das Maravilhas. É um livro divertido e, ao mesmo tempo, que nos faz refletir sobre tantas coisas. Meu diálogo preferido é o de Alice com a lagarta:
– Quem é você? -
perguntou a Lagarta.
Alice respondeu, meio encabulada:
- Eu... eu, nesse momento, não sei muito bem, minha
senhora...
Pelo menos, quando eu acordei hoje de manhã, eu sabia quem
eu era , mas acho que depois eu mudei várias vezes...
- O que quer dizer com isso? Perguntou a Lagarta, secamente.
– Explique-se.
- Eu acho que eu não consigo me explicar, minha senhora,
pois eu não sou mais eu mesma, como a senhora pode ver.
Até mais!
Bjs
p.s.: a frase do título desse post também saiu das páginas de Alice, num diálogo entre Alice e o Gato:
- Somos todos loucos por aqui. Eu sou
louco. Você é louca.
- Como é que sabe que eu sou louca?
- Você deve ser, senão não teria vindo para cá.
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