segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"Somos todos loucos aqui"

Gente, tudo bem?
Bom, nós voltamos pra Porto Alegre na terça de noite porque na quarta o Jota ia falar num painel sobre Alice no País das Maravilhas... estranho? Já explico!
Em 2015 faz 150 anos que a obra Alice no País das Maravilhas foi editada pela primeira vez. Eu faço parte de um grupo de pesquisa em literatura infantil, coordenado pela minha orientadora, a profa. dra. Rosa Maria Hessel Silveira, que teve a brilhante ideia de fazermos um evento alusivo a essa data na nossa faculdade.
O prazo foi apertado, um mês pra montar exposição e uma programação. Convidamos o Jota para falar sobre a Inglaterra do século XIX, o século de Alice. Resultado, no último mês, aqui em casa, Alice era assunto manhã, tarde e noite...hehehehehe.
Lembrei muito da minha amiga Raquel, que chama a EM dela de Alice, e, no caso dela, Alice é uma velhinha que não a deixa fazer muitas coisas. Também já ouvi falar de uma senhora que escreveu um livro sobre ter EM é como cair na toca do coelho e descobrir um mundo novo. Gosto dessa metáfora.
Analogias à parte, a exposição ficou linda. E, como pensar com Alice é pensar fora da caixinha, adesivamos a escadaria da universidade com alguns dos diálogos geniais do livro de Lewis Carrol. Fico morrendo de orgulho a cada pessoa que entra no saguão da faculdade e acha lindo o que fizemos.
Ah, e não fica por aí, no dia do painel com três palestras sobre Alice na literatura, cinema e história, o palco virou o cenário do Chá do Chapeleiro. Lindo demais!!!!! Mais legal ainda, conviver mais com pessoas tão especiais como as profs. Bela, Leni e Gládis, que fizeram essa lindeza de ambientação.
Escadaria adesivada com diálogos de Alice

Exposição de exemplares de Alice, banners contando um pouco sobre Alice e, no meio, a Alice do Bonja, criada pelos alunos 


Óia eu no espelho





No segundo dia de evento, fomos presenteados com três cenas da montagem de Alice no País das Maravilhas do Grupo Signatores, e uma roda de conversa com os atores, diretora, intérpretes de Libras. Ah, sim, o Grupo Signatores, da qual eu já era fã por outros trabalhos, é um grupo de teatro profissional e de pesquisa de surdos. A peça é encenada em libras, com recurso de acessibilidade para ouvinte. Legal né? Foi lindo!!!!!!



Entrar no mundo de Alice é sempre bom. Alice é um clássico e uma obra de gênio.
Por isso, quando a fadiga bater, ou na hora da pulsoterapia, sugiro a leitura completa de Alice no País das Maravilhas. É um livro divertido e, ao mesmo tempo, que nos faz refletir sobre tantas coisas. Meu diálogo preferido é o de Alice com a lagarta:
– Quem é você? -  perguntou a Lagarta.
Alice respondeu, meio encabulada:
- Eu... eu, nesse momento, não sei muito bem, minha senhora...
Pelo menos, quando eu acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era , mas acho que depois eu mudei várias vezes...
- O que quer dizer com isso? Perguntou a Lagarta, secamente. – Explique-se.
- Eu acho que eu não consigo me explicar, minha senhora, pois eu não sou mais eu mesma, como a senhora pode ver.

Até mais!
Bjs

p.s.: a frase do título desse post também saiu das páginas de Alice, num diálogo entre Alice e o Gato:
- Somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
- Como é que sabe que eu sou louca?
- Você deve ser, senão não teria vindo para cá.

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